Mais uma vez, suspeitíssimas digitais petistas em mais um episódio de corrupção deixam perplexa a opinião pública. E a presidente Dilma Rousseff furiosa. Na posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na quinta, 22, ela permaneceu séria, profundamente mal humorada a olhos vistos. O porquê mais apropriado do desconforto, soube-se depois. Fora a ciência de que a Polícia Federal deflagraria a Operação Porto Seguro, na sexta-feira, 23. Um dia depois da posse. 

Rosemary Nóvoa de Noronha, agora exonerada, portanto, ex-chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, é acusada de receber propina num esquema favorecendo com pareceres técnicos falsos a empresas privadas.

Noronha fora nomeada em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chefiar o escritório da Presidência na capital paulista. Portanto, cargo de confiança incontestável. Como a presidente Dilma a manteve no cargo, deve ter sido a pedido do ex-presidente, provavelmente.

É sério o que poderá vir depois de mais um escândalo detonado por petistas e descoberto pela Polícia Federal. O envolvimento de pessoas detentoras de cargos de confiança do Governo Federal. Em triangulações com empresas privadas, caracterizadas por venda de facilidades. É de causar náuseas.

Mais uma vez, parlamentares integrantes dos partidos de oposição vão querer investigação no âmbito do Congresso Nacional. Mais uma vez, a Polícia Federal apresenta fortes indícios de recebimento de propina. 

José Dirceu reclamará que a “imprensa golpista”, mais uma vez, quer promover “linchamento público”. Em meio às denúncias envolvendo integrantes do partido, novamente, engalfinhados em mais um escândalo de corrupção.

E tudo veio à tona porque um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU), em março de 2011, estrebuchou. Segundo a PF, em troca de um parecer para facilitar a vida de uma empresa portuária ele receberia R$ 300 mil. Mas o funcionário recebera R$ 100 mil, depois alegou que se arrependera. Teria devolvido o dinheiro e colocado a boca no trombone. 

Será que funcionários de confiança do PT ainda sairão das sombras, para reforçar a imagem negativa, a qual petistas sérios travam uma batalha inglória para lustrar, por meio de atos corruptos? Até quando, companheiros?