Na manhã da terça-feira (30) de outubro, a coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, Arísia Barros se reuniu com a nova gestora de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais, do Ministério de Educação (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão),Macaé Maria Evaristo dos Santos e Coordenadora Geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais, Ilma Fátima de Jesus.
Na pauta da reunião a visita de cortesia a professora Macaé Evaristo (que está a dois meses a frente da coordenação), como também a entrega da Carta de Uberlândia “Conversas Negras em 2012”, documento referencial do III Ciclo Nacional de Conversas Negras: "Agosto Negro ou o Que a História Oficial Ainda Não Conta", cuja terceira edição, ocorreu de 22 a 24 de agosto, em Uberlândia, Minas Gerais e as articulações para o IV Ciclo, em 2013.
A SECADI/MEC vem sendo parceira da realização do Ciclo Nacional em todas as edições. Aproveitando a oportunidade Arísia Barros apresentou as ações do Instituto Raízes de África, organismo social de ativismo negro, sediado em Alagoas e que tem mantido a constância da implementação de políticas de interesse da população negra em sua região e, mais recentemente, executando atividades educacionais, culturais e de saúde da população negra em outros estados ( Minas Gerais III Ciclo) e Salvador/Bahia ( lançamento da Cartilha Omirá).
Ainda como parte das apresentações, a coordenadora alagoana discorreu e solicitou apoio institucional para o Projeto Reedição do Baile Nacional de Debutantes Negras Pérolas Negras/ Ìrawò, que acontece dia 30 de novembro, na Serra da Barriga, em União dos Palmares/Alagoas e faz homenagem ao segundo ano de deposição das cinzas de Abdias Nascimento, ocorrido em 13 de novembro de 2011, sob a coordenação do Instituto Raízes de Áfricas.
Arísia Barros salientou, ainda, a preocupação sobre a invisibilidade da a Lei nº 10.639/03 no Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Juventude Negra, o Juventude Viva, destacando o contexto sócio étnico do trabalho em relação ao racismo institucional. Alagoas foi estado escolhido para o projeto piloto do Plano pelo crescente índice do genocídio da população negra. O público prioritário do Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Juventude Negra, o Juventude Viva são os jovens, homens e negros.
A professora Macaé Evaristo destacou a importância de retomar os diálogos, com os diversos segmentos, para a implementação da Lei e a aplicabilidade das quotas nas universidades brasileiras, destacando a importância fundamental do controle social e acrescentou: Acreditamos na luta da militância negra brasileira. Da nossa parte queremos ouvir muito mais e caminhar lado a lado com os avanços educacionais. E a aplicabilidade da Lei nº 10.639/03 é um grande avanço-finaliza.
A reunião celebrou a continuidade da parceria entre o Instituto Raízes de Áfricas e o MEC/SECADI.