Mais um final de ano que se aproxima e com ele a boa e velha rotina de compras para as festas de Natal e Réveillon. Com isso, as vendas no comércio, shoppings e estabelecimentos espalhados pela capital alagoana crescem e necessitam de novos funcionários, em sua maioria temporários, que em 2012 terão mais oportunidades e vagas que no ano passado.
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio), o número de vagas para empregos temporários, que tem previsão para ser aberto no dia 15 de novembro, alcança 500%. Traduzindo esta porcentagem para vagas reais, um número aproximado de 915 vagas podem ser disponibilizadas no mercado de trabalho. O número pode parecer inexpressivo, mas, é de longe maior que o apresentando em 2011, quando 191 vagas foram abertas.
Segundo o professor de Economia da UFAL, Fábio Guedes, o cenário econômico alagoano é muito favorável devido à expansão das atividades comerciais e de serviços. “A economia do Estado, principalmente das duas maiores cidades, tem aumentado a oferta de empregos no comércio, varejista e ampliado, no setor de hotelaria, bares e restaurantes, bem como na construção civil. Com os estímulos do governo federal como a redução da taxa de juros, barateamento do crédito ao consumidor, desonerações fiscais e elevação dos investimentos públicos, a demanda continuará aquecida e as atividades econômicas em crescimento no Estado”, analisa o consultor.
Já o presidente da Fecomércio, Wilton Malta, além de comemorar o crescimento de vagas temporárias, que podem ser transformar em contratações, exaltou a qualificação dos novos contratados.
“Hoje em dia os contratados mudaram. Não se tratam mais de meros vendedores. Eles precisam estar preparados para apresentar o produto que estão comercializando. Um vendedor de celular por exemplo, ele precisa ter conhecimento do que está vendendo e isso tem crescido muito no mercado”, disse.
Malta ainda apontou os principais setores que irão reforçar os seus respectivos quadros de funcionários nos próximos dois meses. “os supermercados já iniciaram essas contratações e devem exigir mais. Porém, os hotéis e restaurantes, seguidos por lojas de calçados, roupas, móveis e eletrodomésticos também apresentaram crescimento nas contratações”, afirmou.
Contratos temporários e permanentes
No centro das atenções, além dos futuros empregados, estão os comerciantes que já iniciarem o processo para recebimento de currículos e análise para contratações, sejam elas fixas ou temporárias.
Segundo Denis Gonçalves, administrador e gerente de uma loja de matérias esportivos no Centro de Maceió, independente o ramo que se trabalha, o volume de movimento, entrada e saída de produtos exige a contratação de novos funcionários.
“Por conta do nosso ramo, o número de contratações é pequeno, mas já iniciamos buscando três funcionários fixos e em dezembro mais dois temporários para as vagas de vendedor, operador de caixa, auxiliar de serviços gerais e auxiliar de escritório. Isso por que o movimento durante o ano gira em torno 25 a 30% e no final do ano dobra, chegando a 50%. Em outras lojas de outros setores, este número chega até 60%”, disse.
O administrador ainda cita a importância da participação do novo funcionário no tempo que estará empregado, para que futuramente consiga uma contratação permanente. “O contratado precisa de uma participação pró-ativa, precisa se envolver, cumprir horários, colaborar de fato com a empresa e principalmente trazer resultados. Não adianta termos um ótimo vendedor, se ele não é um bom colaborador”, finalizou.