A morte é uma senhora cheia de segredos que audaciosa se refestela, comodamente, em becos estreitos de nossas mentes e nos apavora.
É uma caixa de pandora resguardando todas as tragédias humanas. Seja grega, troiana ou mesmo o massacre alagoano em relação aos jovens negros e pobres.
Visitante incomoda invade nossa casa, muitas vezes sem pedir licença, ou em outras vezes manda um recadinho ligeiro, meio maneiro, sussurrando: Estou chegando.
Ela existe para lembrar a cada um de nós que a vida terrena, marca a transitoriedade entre o aprender e o aprendizado. É uma passagem, e, na corrida louca do dia-a-dia, do vencer a qualquer custo, apagamos das nossas memórias que somos meros humanos, frágeis e mortais.
Para morrer só basta está vivo- dizem os mais velhos.
Mortais!
É um caminho sem vírgulas, ou quem sabe uma provocação afirmativa para que despertemos as nossas possibilidades espirituais, o afago da alma. Sabe aquela coisa de amar ao outro como se fosse a nós mesmos? Isso é um mandamento, né?
Lembro que, a professora, Sílvia do, então,  curso pedagógico alertava a nossa adolescência: Não é possível pensar nela todo tempo, mas não podemos esquecer que existe.
Não podemos esquecer!
Assim como a Caixa de Pandora !

PS: Como todas as filhas, a minha, também tem pesadelos com a morte, daí resolvi escrever sobre.