O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se sentindo impotente, conclama a “companheira” presidente Dilma Rousseff. Ela deverá apoiar mais francamente a candidatura de Fernando Haddad, em São Paulo. A missão é difícil e compreende uma saia justíssima. Pode, muito provavelmente, não adiantar nada. Ou seja, uma suposta turbinada na campanha à prefeitura de São Paulo, do claudicante e “superabençoado”, Haddad. O desempenho do candidato já virou até piada “Hadda D 2”, porque só sobe, a cada pesquisa, de 2 em 2 pontos percentuais.

Em pânico extremo, inimaginável, Lula aposta também na bênção da popularíssima presidente Dilma Rousseff. E pensar que na cabeça de Lula, o inimigo era o tucano José Serra. Mas eis que surgiu Celso Russomanno (PRB) como franco favorito. Inimaginável.

A missão petista, agora, é barrar Serra do segundo turno. E se não der? Isso mesmo. Lula já acusou paúra escrachada. Constituiu uma aliança com Paulo Maluf, no meio do caminho. Isso, em nome dos “fins que justificam os meios”, ou seriam “os meios que nem sempre justificam os fins”.

Nada será mais “plausível” que se aliar a Russomanno, na hipótese de um segundo turno sem Haddad.

Se Lula enfiou goela abaixo um Maluf da pasmada militância petista, por que não chancelar Russomanno para sair com um “triunfo” na guerra contra os tucanos, em caso de vitória do “engomadinho Russo Manno”.

Para desconforto não exteriorizado da presidente Dilma, Lula tratou de meter uma saia justa, ou mais, precisamente, apertadíssima. Pedir voto para Haddad. Dilma deve torcer o nariz a cada momento que pensa na missão constrangedora, marcada para a próxima segunda, 1º, conforme informação da Folha online.

Dilma sabe que se transformou na última cartada para virar o jogo na capital paulista. E, vale lembrar, para não ficar fora do segundo turno. Efetivamente, “Tá Russo Manno”, pedindo perdão aos caros leitores pelo trocadilho.