A eleição vai se aproximando e já é possível vislumbrarmos alguns prognósticos que deverão se confirmar nas urnas. O que chama mais atenção é como vem se comportando o tucano Rui Palmeira, apontado como a grande vedete da campanha. Ele soube se desvincular do partido e de seus caciques, adotou a estratégica da campanha solo e atraiu o apoio e o entusiasmo de um segmento considerável do eleitorado: os jovens, que se identificam com o seu estilo zen e alternativo.
Diferentemente do Ronaldo Lessa, seu mais temível adversário, o tucano ganhou asas aproveitando o vácuo formado pelo eleitor saturado com o PT, onde Lessa trouxe até o ex-presidente Lula para pedir voto e desconfiado da salada do chapão, onde estão juntos Collor, Renan, Cícero Almeida e o próprio Lessa.
O que chama mais atenção é a queda que parece irreversível do candidato do PDT a prefeito de Maceió, Ronaldo Lessa, que começou a disputa liderando bem na frente do Rui, mostrando que a eleição seria polorizada, assim como a desidratação do democrata Jeferson Morais, que era apontado pelos experts e cientistas políticos como o novo Almeida da eleição.
Jeferson perdeu gordura por não ter conseguido agregar. Entrou sozinho, sem apoios fortes; não provocou fatos que mexessem com a campanha. Para compensar sua performance no guia eleitoral é fraca. São palavras bonitas, mas sem conteúdo, sem proposta que atenda aos anseios da população sofrida da capital. É teve um grande erro: bateu de frente com o tucano Rui. Ele caiu e o Rui cresceu.
Também mostrou superior qquando rejeitou o apoio e tirou de suas caminhadas o pastor-vereador João Luiz, o puxador de voto do democrata.
Lessa errou na estratégia política quando criou a expectativa de que Lula daria força e popularidade à sua campanha, garantindo-lhe disputar o segundo turno. Errou, igualmente, no guia eleitoral, que não impacta, não emociona e não contagia. Para compensar, há o efeito, também, do mensalão julgado pelo STF que arranha a imagem do PT, estraçalha seus aliados, podendo, inclusive, atrapalhar os planos de Lula de levar Humberto Costa ao segundo turno, no Recife.
Rosinha da Adefal virou coadjuvante da eleição, tudo por causa de um péssimo negociador: o presidente do seu partido, Marcos Toledo, que tentou de todas as formas emplacar a candidatura da deputada, blefando na imprensa ao anunciar apoios fortes como Romário, Tiririca e outros, além do pecado mortal de negociar cargos antes do veredicto da urnas.
Galbinha, uma candidatura solo, não empolgou. Nem mesmo o presidente do seu partido, senador e ministro Marcelo Crivela, sentiu firmeza no seu nome para disputar a sucessão de Cícero Almeida. Prova disse é que não veio a Maceió apoiar o representante de sua sigla na disputa que será consolidada no próximo dia 7.
O único "padrinho" vindo de fóra para Galbinha, foi o líder e a surpresa da campanha de prefeito de São Paulo, Celso Russomano que pediu voto pela TV e rádio, mas aqui não fez o efeito e o estrago que ele tá fazendo em Sã Paulo.
Alexandre Fleming, outra surpresa: numa candidatura solo, vai marcar assim mesmo sua presença com uma pontuação na votação. A Nadja Baia, a outra mulher na disputa pela Prefeitura de Maceió, não conseguiu atrair a preferência eleitorado. Situação mas difícil é a de Sérgio Cabral, o Serjão. Este nem cava e nem tira terra nessa na briga de gigantes da política de Alagoas. No debate político, parece um peixe fora d’água.
Na reta final, o governador Teotonio Vilela cumpriu a promessa de priorizar municípios onde a eleição dos seus aliados parecia impossível. A menina de seus olhos está sendo Arapiraca, investindo tudo para fazer com que seu candidato, o tucano Rogério Teófilo, melhorasse nas pesquisas de intenção de voto. E conseguiu, subindo do terceiro para o segundo lugar, mas dificilmente evitará a derrotada para Célia Rocha.
Resta sabe o comportamento eleitoral dele nas cidades do Pilar, União dos Palmares, Rio Largo, Penedo, Maragogi e Palmeira dos Índios, onde o governador também apoia prefeitos tucanos e aliados.
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