As aulas na Escola Estadual Geraldo Melo, localizada no Conjunto Graciliano Ramos, em Maceió, foram retomadas após a instalação de câmeras de segurança e do aumento do muro. Duas equipes da Polícia Militar acompanham a entrada dos alunos e realizam revistas para evitar a entrada de armas e drogas. As medidas foram adotadas para garantir maior segurança ao corpo docente após as últimas ocorrências registradas na unidade.

De acordo com informações do comandante de Policiamento da Capital, coronel Gilmar Batinga, oito policiais irão acompanhar a entrada e saída dos alunos. “Serão realizadas rondas na região durante todo o dia, porém, não podemos manter as equipes em tempo integral na escola, já que elas fazem a patrulha do Graciliano Ramos e conjuntos vizinhos”, afirmou o coronel.

De acordo com o coordenador Regional de Ensino da 14ª CRE Israel Nicolau, depois que alunos atearam fogo em um dos banheiros da unidade, os professores e funcionários tiveram acompanhamento psicológico. “Os funcionários estão mais seguros. Trabalhamos para resgatar o estímulo dos professores. Realizamos um trabalho psicológico através da Secretaria de Educação, Secretaria da Paz e o Batalhão Escolar vão trabalhar atividades relativas à cidadania e direitos humanos com a comunidade escolar”, disse o professor.

Ainda segundo Israel, foram feitas reformas na estrutura hidráulica e elétrica da escola durante os dias que as aulas ficaram suspensas. A expectativa dele é de que, com o reforço no policiamento, o ano letivo possa seguir normalmente sem mais interrupções. “Já conversei com a diretora e até o momento, nenhuma alteração foi registrada. Espero que continue assim”, afirmou.

Porém, toda a segurança não agradou alguns estudantes e, numa maneira de alertar a insatisfação, um estudante – já identificado e preso – ateou fogo no banheiro da escola. Amilton Jonathan da Silva cursa o 1º ano do ensino médio e é apontado como o autor do ato de vandalismo.

Aulas suspensas

A polêmica envolvendo a escola Geraldo Melo começou há cerca de 20 dias, quando um grupo de professores procurou a 14ª CRE para informar que estavam suspendendo as aulas em virtude da violência na escola. Eles denunciaram a ação de traficantes e o desaparecimento de quatro estudantes. Após haver um reforço no policiamento na escola, as aulas foram retomadas, mas novamente depois que alunos atearam fogo em um dos banheiros do colégio.