O prefeito Cicero Almeida (PSD) ainda não digeriu a decisão do senador Benedito de Lira (PP) de colocar o seu partido aliado ao PSDB de Teotonio Vilela e ainda ceder o candidato a vice-prefeito na chapa de Rui Palmeira. Como resposta, a exemplo do que já tinha feito com o ex-aliado democrata Thomaz Nonô, Almeida resolveu fazer uma reunião na última quinta-feira com o alto escalão de sua equipe para pedir a 'cabeça' dos servidores em comissão indicado pelo senador.

E na primeira canetada exonerou mais de 30 pessoas. Na prefeitura de Maceió, Almeida decidiu, inclusive, exonerar Fernando Silveira, pessoa da sua inteira confiança, mas que tinha um pecado mortal: é presidente municipal do PP, cargo que foi conduzido por indicação do próprio Cicero Almeida.

A 'caça às bruxas' é hoje o clima de intranquilidade nas secretarias, outros órgãos da administração municipal, entre eles o PAM Salgadinho, que abriga centenas de cargos comissionados por indicação política e, também, na sede da prefeitura. Todos que foram nomeados a pedido dos ex-aliados de Almeida estão recebendo cartão vermelho e saindo de campo.

Almeida está fazendo uma limpeza geral no seu time. E por isso, exigiu dos secretários a relação de comissionados e o QI (quem indicou para o cargo) de todos eles.

Também, a modernidade da tecnologia criou o espião nos órgãos. Por exemplo, dois candidatos a vereador: Antonio Hollanda (PMDB) e José Márcio (PSD) já foram detectados como políticos que indicaram "espiões" na prefeitura filmando tudo sobre os servidores que estão apoiando o tucano Rui Palmeira.

Isso causou uma revolta geral, mas já foram identificados por que eles (espiões) estão, inclusive, espionando os secretários para saber se estão fazendo campanha para Ronaldo Lessa. O clima é de revolta, porque isso não ocorreu nem no tempo da ditadura.

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