Em 2011, empregos cresceram em Alagoas

19/09/2012 07:15 - Economia de Alagoas
Por Alexandre Manoel

Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2011, divulgada ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o número de empregos formais alcançou 497.898 em Alagoas, em dezembro de 2011, equivalente ao crescimento de 5,71% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. Em termos absolutos, esse aumento correspondeu ao incremento de 26,9 mil postos de trabalho, em relação ao estoque de empregos vigente em dezembro de 2010. Vale mencionar que esse crescimento de emprego formal em Alagoas foi acima do crescimento registrado pelo Brasil, na ordem de 5,09%, utilizando a mesma base de comparação.


Seguindo a mesma lógica setorial de crescimento de empregos formais no Brasil, ainda conforme a RAIS de 2011, os setores com os melhores desempenhos referente à geração de empregos foram o de Serviços, com a criação de 9,8 mil postos de trabalhos, o da Construção Civil, com 9 mil postos, e o do Comércio, com a criação de 5,4 mil postos de trabalho. Em outras palavras, esses três setores (Serviços, Construção Civil e Comércio) foram responsáveis por aproximadamente 90% dos novos postos de trabalhos gerados pela economia alagoana em 2011.


A Indústria de Transformação – aquilo que normalmente se conhece como “Indústria” – foi responsável pela criação de 1.794 empregos formais em Alagoas, em 2011, o que representa cerca de 6,7% dos novos empregos gerados pela economia alagoana no ano passado. No Brasil, os empregos gerados pela Indústria de Transformação representaram aproximadamente 10,1% do total de novos empregos gerados.

Diante dessas variações positivas no setor industrial, parece que câmbio valorizado, aumento da pressão de custos salariais advindos do forte aquecimento dos setores relacionados aos serviços e barateamento dos produtos industriais no mercado internacional não foram suficiente para gerar uma onda de desempregos na indústria. De fato, de alguma forma, parece que a indústria vai sobrevivendo, mantendo os empregos e esperando dias melhores, tanto em Alagoas como no Brasil. E o suposto “fenômeno da desindustrialização” precisa ser melhor entendido pelos economistas.


Em Alagoas, o setor que reduziu mesmo o número de empregos formais foi aquele classificado na RAIS como “Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca”, que apresentou uma redução de 61 postos de trabalhos, passando de 9.829, em dezembro de 2010, para 9.758 empregos formais, em dezembro de 2011.


Vale mencionar também que a remuneração média real aumentou no mercado de trabalho formal em Alagoas, passando de R$ 1.363,36, em dezembro de 2010, para R$ 1.414,65, em dezembro de 2011, o que representou uma variação de 3,76%, cabendo destacar que, no Brasil, essa mesma variação foi na ordem de 2,93%. Dito de outra forma, a variação da remuneração média real na economia alagoana foi acima da obtida pela economia brasileira.


Por fim, a partir do quadro exposto do mercado de trabalho formal alagoano, sutilmente comparado com o brasileiro nessa postagem, pode-se depreender e sugerir que a economia alagoana cresceu acima da economia brasileira em 2011, visto que a variação de empregos formais é um típico indicador coincidente – aquele que, grosso modo, eleva-se quando a economia melhora - do nível de atividade econômica.
 

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