O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) assegura ser montagem o áudio divulgado na semana passada com uma suposta negociação entre gravações o ex-governador do Estado e candidato a prefeitura de União dos Palmares, Manoel Gomes de Barros (PSDB), e o atual prefeito do município, Areski Freitas (PTB), o ‘Kill’.

Divulgada pela imprensa, a gravação mostra os políticos traçando estratégias para a manutenção do grupo político na prefeitura do município e foi amplamente divulgado ontem pela imprensa alagoana. Em um dos trechos da conversa, Mano chega a dizer para o prefeito que é um sacrifício para ele ser candidato já que ele não gosta muito “deste povo”, parecendo se reportar a população de União dos Palmares.

O presidente estadual do partido, Claudionor Araújo, afirmou, em entrevista ao CadaMinuto, que, pelo que conhece do ex-governador, este nunca seria capaz de proferir tais palavras, principalmente fazendo referência ao povo de União dos Palmares, local este em que almeja ocupar a cadeira do Executivo Municipal.

“É evidente que se trata de uma montagem e o PSDB lamenta o desespero de candidatos da oposição que pretendem com isso manchar a imagem de Mano. Agora o caso está na justiça e logo tudo estará esclarecido”, colocou Araújo.

Menos de 24 horas após a divulgação do áudio, um caso de violência assustou moradores do município. Coincidência ou não, um ataque à bomba a uma rádio local destruiu vários equipamentos eletrônicos da emissora que teria uma postura de oposição em relação à atual administração de Areski Freitas e do grupo do ex-governador Manoel Gomes de Barros.

Sobre a explosão, o presidente do PSDB defende Mano e descarta seu envolvimento com o incidente. “Não podemos ser levianos e colocar a culpa em alguém, mas o candidato não faria algo como isso. Sabemos que as pesquisas mostram que ele segue bem na disputa, até mesmo com grande vantagem em relação ao outro candidato. Pode ser desespero da oposição, ou alguém que queira se aproveitar para incriminá-lo, mas isso caberá à polícia investigar o caso”, concluiu.

Um dia após a repercussão do áudio, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral em Alagoas (MCCE) representou Mano e Areski no Ministério Público Estadual. O coordenador do MCCE, Antônio Fernando, disse que a representação tem como objetivo que providências civis e penais sejam adotadas pelo órgão quanto à postura dos dois políticos de União dos Palmares.

Já em relação ao ataque à bomba na rádio local, o caso vem sendo investigado pela Polícia Civil, através do delegado Valdecks Pereira. Alguns depoimentos já foram prestados e uma perícia feita no local comprovou a utilização de combustível para concretizar a explosão. O delegado vai analisar as imagens do circuito interno de segurança para tentar identificar os responsáveis pelo ataque.