Cercado de aliados ansiosos, esperando uma recuperação que não tem chance de acontecer. Assim, o candidato a prefeito de Maceió, Ronaldo Lessa (PDT), perde o sono. Ronaldo sangra, eleitoralmente. Tenta produzir uma espécie de hemodiálise com seus mais próximos, sem êxito. E quando aparece um aliado, na figura de Cícero Almeida, este se assemelha mais a um protagonista levando um abraço de afogado.
O sentimento não é de desespero. O sentimento é do risco de morte política terminal. E o pior, sem munição para esboçar uma reação ao adversário. Rui Palmeira (PSDB), um fenômeno no espectro das pesquisas de intenção de votos.
E vale ressaltar, intenções de cidadãos alagoanos que querem virar a página do modo de fazer política ultrapassado. O ranço do atraso está com os dias contados.
É insustentável a candidatura de Ronaldo Lessa. Quantas pessoas comuns são impedidas de trabalhar, por exemplo, por responderem a processos judiciais. Enquanto um candidato que carrega 50 processos nas costas, vê-se acima dos pobres mortais. E quer porque quer ser prefeito, com toda a responsabilidade e cuidado que a gestão pública municipal exige, principalmente, quanto à parte fiscal e controle de recursos sem riscos de comprometer a administração.
Os ventos que sopram na direção do Supremo Tribunal Federal (STF) carregam, no bojo, a busca incessante pela Justiça. E, no mesmo diapasão, pela punição aos culpados por crimes que são corroborados pelos próprios autos no processo do Mensalão.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá a sensibilidade de julgar Ronaldo Lessa, com base na lei. Paralelamente, apesar de se aterem as letras pétreas da Constituição, os ministros estão cientes de que nos dias de hoje, a sociedade de hoje, não consegue conviver com impunidade e a repudia veementemente. A punição deve e tem que ser exemplar.