Polícia se defende após demora no resgate de menina na França

06/09/2012 18:15 - Brasil/Mundo
Por Redação

A polícia francesa defendeu nesta quinta-feira (6) seu procedimento em um tiroteio nos Alpes em que uma sobrevivente de 4 anos foi deixada viva durante oito horas sob os cadáveres de sua mãe e avó antes de ser encontrada.

Os pais e a avó da garota, uma família britânica de turistas, foram encontrados mortos pouco depois das 16h da quarta-feira, 5 (9h no horário de Brasília), em um carro em um acampamento da comuna de São Jorioz, perto de Annecy, na região de Haute-Savoie.

A irmã da menina, de 8 anos, estava ferida ao lado do veículo e foi hospitalizada na cidade de Grenoble. Ela está em situação "estável" e não corre risco de vida, segundo a polícia.

Um motociclista estava morto perto do veículo - a polícia acredita que ele passava no local na hora do crime e que não tinha relação com a família.

A menina de 4 anos foi achada sem ferimentos pela polícia aproximadamente à meia-noite da quinta-feira (19h da quarta-feira, no horário de Brasília). Ela havia se escondido no banco de trás do carro, perto dos corpos de suas parentes, e não foi vista quando a polícia chegou à cena.

Orientação
"Nós tínhamos instruções de não entrar no carro e não mover os corpos ", explicou o tenente-coronel da polícia local Benoit Vinnemann.

A orientação era válida até a chegada de uma equipe de peritos forenses baseados nos subúrbios de Paris, que são mobilizados para o local de grandes crimes.

Os policiais locais não conseguiram sequer abrir as portas da BMW da família por medo de que as janelas, perfuradas por balas, quebrariam, potencialmente comprometendo o trabalho dos peritos forenses.

Em casos como este, a equipe especializada calcula a trajetória de todas as balas disparadas, a fim de construir um modelo 3D do que aconteceu.

"Bombeiros, técnicos e médicos, todos olharam para dentro do carro através dos buracos nas janelas, mas nenhum deles viu a menina," disse Vinnemann. "Ela não se moveu. Ficou embaixo das pernas de sua mãe", completou.

Um helicóptero equipado com câmera térmica registrou imagens do carro para verificar se havia outros corpos dentro, mas também não identificou a menina.

"Ela estava tão perto de sua mãe que apareceu como uma massa única", acrescentou Vinnemann.

Depois de conversar com colegas campistas no local onde a família estava hospedada, às 23h (18h da quarta-feira, no horário de Brasília), os policiais perceberam que uma das duas filhas não havia sido contabilizada.

Eles então lançaram uma busca na área em torno do carro com um helicóptero e cães farejadores, mas só quando a equipe especializada abriu o carro, aproximadamente à meia-noite, que a menina foi libertada.

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