As prefeituras estão entre a cruz e a espada afiada da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ela cancelou uma reunião, nesta quarta, 5, com a Confederação Nacional dos Municípios. O tema indigesto era a pindaíba que marca as gestões municipais. Prefeitos se veem reféns das leis e do arrocho imposto pelo governo federal.

O presidente da Associação dos Municípios do de Alagoas, Palmery Neto, engrossou o coro de críticas à ministra. No final do mandato, crê que se as prefeituras fossem empresas privadas, já teriam quebrado. No caso de Alagoas, “90% já teriam falido”.

Até onde se sabe, Ideli teria sido absorvida pela agenda da presidência. Daí o cancelamento. Mas também se sabe que um prefeito do estado de Goiás se suicidou. Segundo amigos,  por não suportar a pressão do arrocho do governo. Esse ficou entre a vida e a morte.

Há quem defenda até um movimento grevista por parte dos prefeitos, como forma de protesto. A tensão entre o governo federal e os prefeitos está a um passo de entrar no âmbito do radicalismo. Isso, sem falar nas prefeituras que estão enfrentando a seca como mais um inimigo, além do governo federal e o arrepio pela lei.