A CPI do Cachoeira ouviu o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, por mais de oito horas, nesta terça, 28. O depoimento não foi bombástico, como a oposição aguardava. O que, inclusive, deixou pulgas atrás das orelhas de muitos. Amarelou, talvez.
Pagot fez um mea culpa ao dizer que pediu dinheiro à emperesas a fim de reforçar o caixa de campanha da presidente Dilma Rousseff. Ele negou conhecer Carlinhos Cachoeira.
Mas atirou na direção do ex-senador Demóstenes Torres, ao entregar que ele pedira obras para a Delta Construções no Mato Grosso.
Diz-se vítima de um “complô” do então diretor da construtora no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e do contraventor Carlos Cachoeira para derrubá-lo no DNIT.
Nesta quarta, 29, é vez do ex-dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, não abrir a boca. Além do próximo calado será ouvido, espera-se, o ex-diretor da Dersa, empresa responsável pelo desenvolvimento Rodoviário em São Paulo, Paulo Vieira de Souza.
Também atendendo pelo apelido de Paulo Preto, este deverá responder perguntas sobre os contratos firmados entre Dersa e construtora Delta. Ou irá amarelar.