Persistência é fator principal para abandonar o vício de fumar, diz pneumologista

29/08/2012 20:48 - Saúde
Por Redação

Alertar sobre os males do cigarro, nortear familiares e amigos sobre como impulsionar o abandono do vício, foi o objetivo de palestra realizada na terça-feira (28), no Hospital Geral do Estado (HGE). A iniciativa lembra a passagem do Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado hoje (29).

No evento, realizado pelo Serviço de Gestão de Pessoas, o médico pneumologista Luiz Cláudio Bastos abordou os principais problemas causados pelo tabagismo e as dificuldades dos que desejam parar de fumar.

“Enfatizamos a melhoria da qualidade de vida das pessoas, a redução de despesas e de doenças decorrentes do vício, além da economia de gastos para a saúde pública no tratamento de um fumante. Precisamos unir forças para conscientizar a população sobre os problemas decorrentes do tabagismo, causa importante de morte e de diminuição da qualidade de vida por diversas doenças”, advertiu.

De acordo com o pneumologista, não é fácil abandonar o vício. É necessário persistência. “O tabagismo não é um capricho, um modismo. Deixar de fumar não é uma questão de ‘vergonha na cara’, como se diz no popular. O tabagismo é uma doença e é desta forma que deve ser tratado. Para isso, a Sociedade de Pneumologia e seus profissionais estão à disposição para orientar sobre a melhor forma de tratamento para cada paciente”, orientou.

Segundo Luiz Cláudio, o hábito de fumar é adquirido, em regra geral, durante a adolescência e as explicações estão hoje claramente identificadas, com destaque para a imitação do adulto, o modo de inserção no grupo e o desejo de afirmação.

“Adquirido o hábito, fica-se, sobretudo, com dois tipos de dependência: a psicológica e a física. Qualquer delas é um entrave sério para deixar de fumar. Não há métodos infalíveis para deixar de fumar, e o número de tentativas também não conhece limite, nem o fumante deve se envergonhar; deve superar as recaídas, insistir continuamente na desabituação”, assinalou o especialista.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que o fumo é fator causal de 50 doenças diferentes, destacando-se as cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas. É uma das principais causas de morte evitáveis no planeta, sendo diretamente responsável por 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica.

Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, número que não para de aumentar.

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