Morte de bebê afogado será investigada como homicídio culposo

25/08/2012 02:44 - Brasil/Mundo
Por Redação

A delegada que investiga o afogamento de duas crianças em um berçário no Setor Serrinha, em Goiânia, afirmou ao G1, na tarde desta sexta-feira (24), que os donos do local deverão ser indiciados por homicídio culposo. “Não tenho dúvidas de que os donos são os responsáveis”, afirmou Renata Vieira, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Ela não soube precisar quantas pessoas, além dos proprietários, também deverão ser indiciadas. “Com relação às monitoras, vou analisar melhor o que elas representam no fato”, declarou.

O acidente aconteceu no início do mês de julho. Depois de lutar por quase dois meses, o pequeno Isaque Faleiros, de 2 anos, morreu na noite de quinta-feira (23), na UTI do Instituto Goiano de Pediatria (Igope).

Segundo o médico, responsável pelo tratamento do menino, Henrique Gomide, o quadro da criança permaneceu grave durante todo o tratamento e uma sequência de complicações teria ocasionado a morte: “Não tinha mais o que fazer, ele só estava vivendo por causa das drogas, que já estavam sendo usadas ao máximo. Desde o início ele estava grave, teve quadro de pneumonia, respirava por ventilação mecânica. Então, uma pessoa que fica todo esse tempo na água, falta oxigênio no cérebro, e daí decorre uma série de outros problemas”, explica Henrique Gomide.

Afogamento
Isaque e outra bebê, uma menina de quase 2 anos, se afogaram na piscina de um berçário do Setor Serrinha. Durante todo esse tempo, o menino ficou internado na UTI do Igope em estado grave. Já Andressa recebeu alta após sete dias de internação no Hospital da Criança.

Inicialmente, as monitoras do local disseram que a menina havia caído primeiro e, posteriormente, Isaque. Porém, após o início das investigações, a Polícia Civil constatou que os dois caíram juntos e que houve negligência por parte dos funcionários, que deixaram a porta que dá acesso à piscina aberta.

Inquérito
A delegada Renata Vieira afirmou que um inquérito será aberto para apurar o caso, já que, até então, o que se tinha eram investigações preliminares, visto que nenhum dos pais registrou ocorrência ou fizeram denúncia.

Ela explica que este inquérito é aberto independentemente da vontade da família: “Nós vamos esperar esse período de luto e vamos ouvir os pais, que são as únicas pessoas neste caso que ainda não ouvimos e, então, tentarmos descobrir quem foi negligente”.

Renata adiantou que uma reconstituição do fato será feita no berçário, mas não soube informar a data.

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