A candidata à prefeitura de Maceió, Nadja Baía (PPS), criticou, nesta terça-feira (07), a forma que o atual gestor, Cícero Almeida (PEN), conduziu os investimentos na Saúde em Maceió, afirmando que a falta de compromisso foi a principal causa da estagnação do setor. Baía foi a terceira entrevistada na sabatina realizada pelo Sistema Fecomércio Alagoas com os candidatos ao maior cargo do executivo na capital alagoana.
Para a candidata, os trabalhos que precisavam ser desenvolvidos na área da Saúde ficaram aquém. “Os pecados de Cícero Almeida ele deverá prestar contas a Deus. No entanto, quando se trata da saúde dos maceioenses, posso garantir que o gestor deixou a desejar. Andando pela capital, vejo o choro das mães que não possuem condições de ajudar os filhos com medicamentos e não possuem o apoio do município. O que faltou foi compromisso com a saúde e vamos trabalhar para mudar essa realidade”, relatou Nadja Baía.
Mostrando que esse será um dos principais focos de trabalho, a candidata garantiu que 15% do orçamento do município serão destinados à área da Saúde, já que é possível disponibilizar esse percentual. “Orçamento existe, recursos também e eles devem ser aplicados no setor corretamente para que Maceió tenha uma Saúde de qualidade. Esse é o nosso compromisso com a vida”.
Baía apresentou suas propostas de governo e quais mudanças seriam implantadas em Maceió caso vença o pleito de outubro deste ano e assuma a cadeira de prefeita a partir de janeiro de 2013. Apostando em sua experiência como servidora pública e no Legislativo (ela já foi vereadora pelo município de Maragogi), Nadja Baía afirmou ter um currículo que a capacita para assumir e conduzir os rumos da capital nos próximos quatro anos.
“Vejo em Maceió muita injustiça, desigualdade social, pessoas que precisavam ser acolhidas pela prefeitura e não são. O que falta é uma política de base para o desenvolvimento do município. Vamos combater o desvio do erário e primar pela aplicação de recursos da forma mais correta possível”, garantiu Baía.
Questões como educação, transporte e segurança pública também fazem parte do plano de governo da candidata. No tocante ao transporte público, Nadja Baía afirmou conhecer os problemas existentes no setor, já que ocupou o cargo de coordenação na Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
“É injustificável que o transporte público de Maceió funcione ou trabalhe como um modelo produzido há 50 anos. Não há pontos de ônibus, coletivos desgastados. A falta de compromisso no setor é evidente. O Fundo Municipal de Transporte arrecada anualmente R$ 11 milhões e esse recurso poderia estar sendo aplicado de forma correta, o que não acontece em Maceió”.
Falar de escola é também falar de segurança pública. “O mal da violência é a falta de educação. Uma cidade violenta é fruto de uma cidade sem escola, sem educação, sem uma política de base. Como prefeita, vou destinar 25% do orçamento para a educação, cumprindo o que manda a lei”.
Maceió é tida, de acordo com dados do Mapa da Violência, como a cidade onde os índices de criminalidade são os maiores do país. Apesar da segurança pública ser questão diretamente do Governo Estadual, Baía mostrou que, caso seja eleita, a prefeitura trabalhará em parceria, colocando a guarda municipal, não apenas no trabalho da segurança patrimonial, mas também de forma ostensiva.
“Os alagoanos são filhos do silêncio e netos da mordaça. Precisamos mudar essa característica histórica e firmar um pacto pela vida. Vamos apostar na reestruturação da guarda municipal que exercerá um trabalho ostensivo para dar melhor proteção à sociedade”, finalizou.