O preço da liberdade é a eterna vigilância. Acredite, agora, até advogado quer censurar a imprensa. Escritórios de advocacia, que defendem os intitulados pela imprensa “mensaleiros”, querem proibir o uso da palavra “Mensalão”.

Ou, melhor, querem excluir a palavra “Mensalão” do noticiário como se fosse um palavrão. O também já denominado “dinheiro não contabilizado” pelo nobre petista professor exonerado de Goiânia, Delúbio Soares. Sim, o “caixa dois” que todos os partidos lançam mão. É, não é ilegal, não.

Segundo foi publicado na imprensa, o coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio de Carvalho, a palavra “Mensalão” encerra “um juízo de valor equivocado”. A expressão sugerida para substituir é “Ação Penal 470”.

E os advogados já avisaram que irão entrar em contato com órgãos de imprensa, formalizando o pedido. Ou seja, na cobertura do processo do “Mensalão”, no Supremo Tribunal Federal (STF), a imprensa não deverá usar “Mensalão”. Perdoem, senhores advogados, a repetição do termo. E, pasme, prezado leitor, se não obtiverem êxito, irão acionar a Justiça.

O PT se excluiu da apelação, ou seria aberração jurídica? A tentativa de censura é por conta e risco dos advogados. E, note, que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diz que não tem provas concretas das ações do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Imagine se tivesse.