Durante a sessão na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), nesta quarta-feira, 01, os desembargadores Otávio Leão Praxedes e Edvaldo Bandeira Rios, acompanharam o voto do relator, José Carlos Malta Marques, e mantiveram o ex-deputado Federal Francisco Tenório como réu no processo sobre a morte do cabo da Polícia Militar, José Gonçalves da Silva Filho. A defesa irá recorrer da decisão.
A decisão foi anunciada no início desta noite. Os magistrados julgavam um recurso impetrado pela defesa, após Tenório ter sido pronunciado no crime pelas 7ª e 17ª Varas Criminais da Capital, há um ano. O crime aconteceu em 1996 em um posto de combustíveis na Avenida Menino Marcelo (Via Expressa), bairro da Serraria, em Maceió.
Tenório foi preso em fevereiro do ano passado em Brasília por determinação das 7ª e 17ª Varas Criminais da Capital, atendendo um requerimento do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual.
Em 2009, o ex-tenente coronel Manoel Francisco Cavalcante apontou, durante depoimento na 7ª Vara Criminal da Capital, o envolvimento de três deputados na morte do ex-cabo da PM José Gonçalves da Silva Filho.
No depoimento, que aconteceu a portas fechadas ao juiz Maurício Brêda, Cavalcante acusou os deputados estaduais Antônio Albuquerque, João Beltrão e o ex-deputado federal Francisco Tenório como os autores intelectuais no crime do ex-cabo Gonçalves, morto em maio de 1996, num posto de combustíveis localizado na Via Expressa, bairro da Serraria, em Maceió.
Cavalcante denunciou que o Cabo Gonçalves, que trabalhava com o deputado João Beltrão, se desentendeu com o então deputado e teve sua morte decretada em uma reunião acontecida na fazenda do deputado Antonio Albuquerque, com a participação do atual deputado federal Francisco Tenório.