Ainda em estado de greve, com 80% da frota nas ruas, os rodoviários receberam mais uma promessa de que no dia 13 de agosto podem voltar a negociar. Mas, a grande possibilidade da redução de passagem por decisão judicial pode colocar a situação na “estaca zero” e gerar novos manifestos e paralisações.

Na manhã desta quarta-feira (1º), uma reunião na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com a presença do presidente do órgão, Severino Rodrigues, membros do Sindicato dos Rodoviários e empresários, ficou decidido que uma nova audiência será realizada no dia 13 de agosto para debater possíveis reajustes.

Isso porque, a Transpal acena com a possibilidade de acatar a decisão jurídica, que exige a redução do valor da passagem de R$ 2,30 para R$ 2,10, reivindicando apenas o cancelamento da multa de R$ 50 mil por dia, somando 150 mil, uma vez que o novo valor deveria estar sendo cobrado desde a segunda-feira.

Caso a Transpal delibere pelo valor menor, os empresários já deixaram claro que é impossível negociar qualquer reajuste com a classe e vão além, afirmando ser impraticável continuar com a frota na rua, devido aos gastos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Écio Ângelo, a classe terá um pouco mais de poaciência, mas tudo tem limite. “O desembargador (TRT) pediu para que tivéssemos mais paciência e esperar a definição sobre o valor das passagens. Independente se mantém ou não, dependendo do dia, poderemos negociar até antes, mas estamos esperando, ainda em estado de greve”, disse.

A greve deflagrada na segunda gerou grande caos no início da semana. Na terça-feira, por decisão do TRT, os ônibus retornaram com 80% da frota e aguardam posicionamento da Justiça e da Transpal para retornarem as negociações.