Dando continuidade à série de matérias com os candidatos à Prefeitura de Maceió, o CadaMinuto publica hoje a entrevista com Jeferson Morais (DEM). O deputado estadual diz ter certeza absoluta de que a eleição irá para o segundo turno.
Jeferson, que tem como candidato a vice Carimbinho, se diz o mais preparado dos postulantes ao cargo de gestor de Maceió uma vez “que estudou em escola pública, foi usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) e do transporte coletivo”.
CadaMinuto - Porque seria um bom prefeito para Maceió?
Jeferson Morais - Primeiramente, sou o mais preparado, identificado e comprometido com os mais humildes. Estudei em escola pública, fui usuário do SUS, do transporte coletivo, quando ainda não tão caótico como hoje. Partindo dessa linha, os dois outros candidatos que são apontados em pesquisas como bem posicionados, podem bradar, mas não possuem esse perfil. Eles pisam na lama das ruas da periferia com seus sapatos de marca somente no período pré-eleitoral.
CM - Quem considera o seu principal adversário?
JM - As pesquisas mostram dois adversários. Enfrento os dois e todos os obstáculos que se apresentarem nessa caminhada. Estou preparado desde a eleição de 2010, quando o povo de Maceió me deu a maior votação. Minha campanha atual segue o mesmo molde: andar pelas ruas, acompanhado do povo, sendo muito bem recebido e a cada caminhada me sintoconfortado, entusiasmado com a receptividade. Não tenho adversário preferido, tenho sim a vontade de ser o próximo prefeito de Maceió, para cuidar dos mais humildes, aqueles que meus adversários só enxergam e tiram fotos nesse período, quando a eleição se aproxima. O povo sabe quem é quem nesta cidade.
CM - Como avalia suas reais chances de vencer as eleições?
JM- As chances são ao melhores possíveis. Mesmo sem ter ido para as ruas, as duas últimas pesquisas registradas no TRE me colocaram numa posição excelente. Sou o único que vai crescer nos próximos dias. Quando chegar o guia eleitoral, vamos fazer diferente, afinal sou apresentador de TV há exatos 22 anos e carrego certa experiência. A campanha do 25 será pautada por propostas viáveis, projetos que serão concretizados, sem ofensas, baixaria ou algo semelhante.
CM - Acredita que a disputa para as eleições irá para o segundo turno?
JM - Tenho certeza absoluta. Tem gente por ai delirando e afirmando que ganha no primeiro turno. Essa ilação vai de encontro ao racional. Existe uma tradição em Maceió de segundo turno. Vamos ter segundo turno e estou na expectativa de quem será meu adversário.
CM - Como avalia a gestão do atual prefeito de Maceió, Cícero Almeida?
JM - O prefeito Cicero Almeida, mesmo no final do mandato, tem uma avaliação excepcional. Eu sou eleitor de Cicero Almeida. Votei pra vereador, deputado estadual e para prefeito nas duas eleições. Não me arrependo. Votaria de novo e vou fazer uma confidência, acho que o Almeida vai votar no Jeferson 25 e digo o por que: Somos amigos há mais de 30 anos e quando tiver oportunidade de encontrar com o prefeito Almeida vou pedir o seu voto, pois votei nele quatro vezes e sei de sua gratidão.
CM - Se eleito, qual seu principal projeto para Maceió?
JM - Uma sacudida na saúde. Pelas ruas onde ando a reclamação no que diz respeito à saúde revela-se um clamor. Postos que hoje não são vistos como um lugar onde as pessoas podem encontrar alívio para seus problemas de saúde. Sei que o problema da saúde pública é complexo, envolve as esferas federal e estadual, se arrasta há décadas, mas doença não espera, é como a fome, a solução precisa ser imediata. Penso assim e assim será. Meu futuro Secretário de Saúde será o único assessor que terá reuniões diárias comigo, irei cobrar resultados, relatórios semanais. O PAM Salgadinho precisa ser repensado. Faz tempo que virou um local de lamentação. Eu sei do problema porque lá estive, em várias ocasiões, para comprovar.
CM - Como resolver o problema do transporte público em Maceió, uma das principais reclamações da população?
JM - Começarei a cuidar dessa problemática com a formação de um grupo de trabalho composto por profissionais dos mais variados segmentos, que analisem os vários ângulos da temática e busquem em outras capitais projetos que foram viabilizados que estão dando certo. O trânsito é problema não apenas em Maceió, mas em todas as capitais brasileiras. Obras são indispensáveis, mas a questão do transporte público também é essencial para a solução desse problema. É preciso levar em conta que precisamos preparar Maceió para os próximos vinte anos, pois o número de veículos novos que passam a circular mensalmente em nossa cidade está acima de qualquer previsão.
CM - Como o novo prefeito de Maceió poderá ajudar o governo do estado a combater a criminalidade?
JM - Com uma Guarda Municipal preparada, que seja uma força auxiliar da Polícia Militar. Guardas preparados, motivados e conscientes de seu papel. Para que isso aconteça, precisamos oferecer condições de trabalho, cursos, armamento, equipamentos. A Guarda Municipal foi criada para ajudar a sociedade e não apenas para tomar conta de prédio público. Precisamos ainda monitorar boa parte da cidade com câmeras e oferecer tratamento para dependentes químicos, outro grande problema que a sociedade, sem distinção de classe econômica, enfrenta.
CM - No campo da educação, o senhor tem algum projeto, como por exemplo, as escolas em tempo integral?
JM - Temos sim. Escolas em tempo integral ajudam a combater a violência, evitam o contato das crianças com as drogas, pois elas entram pela manhã e ficam até as 17 horas estudando, tendo acesso ao lazer e cultura, a exemplode teatro, música, filmes educativos, enfim, não existe segredo. Nós vamos fazer sim.
CM - Já que as drogas são apontadas como o motivo principal dos índices de violência, a prefeitura pensa em investir em CAPS (Centros de Apoio Psico-Social) voltado para dependentes químicos?
JM - Vamos ampliar as iniciativas atuais, lembrando que além dos CAPS é preciso que o prefeito trabalhe em parceria com os demais setores da sociedade civil organizada que militam contra as drogas. Não venceremos esse desafio apenas com a repressão, mas com o esforço conjunto entre poder público, famílias e entidades não-governamentais.