Após quase quatro horas de reunião, entidades representantes dos professores universitários federais, em greve, e o governo não chegaram a um denominador comum, nesta terça, 24. Em Brasília. Do lado dos professores, a proposta de reajuste de entre 22% e 45%, colocada na mesa de negociação pelo governo, foi rejeitada.

Além de pontos técnicos da reestruturação da carreira. Defendem também a contratação de 20 mil professores até outubro de 2013. A greve começou no dia 17 de maio. Pelo menos 1 milhão de alunos, de 56 universidades e 34 instituto federais estão prejudicados.

O governo avaliou que o reajuste ofertado aos professores tem impacto de R$ 3,9 bilhões na folha de pagamento. O ministério do Planejamento reiterou que não irá aumentar essa margem.

O representante do Ministério da Educação, Amaro Lima, admite que as negociações estão muito distantes de um acordo. Entretanto, as negociações continuam abertas."Estamos trabalhando para que nossos alunos não sofram prejuízos ainda maiores do que eles já tiveram”, disse.

A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Marinalva Oliveira, caso não haja um avanço por parte do governo ficasse na estaca zero.

“Nós queremos ajustes de concepção. Se a carreira está toda desestruturada. Se o governo cria mais barreiras. Se o governo acaba não valorizando a titulação bem diferente do que tem sido interpretado, há toda uma desestruturação da carreira”, resume Marinalva.

A impressão que se tem é que a crise em estágio para lá de crônico da Educação só faz piorar. E a crise internacional continua a ser desculpa do governo federal para deixar professores mais ainda insatisfeitos. Os sindicatos sustentam que do jeito que a proposta do governo está, a grande maioria dos professores não será contemplada com reajuste mais justo. Será que os alunos não merecem mais respeito, além dos professores?