A presidente Dilma Rousseff disse que não interferiria nas eleições e interfere. No dia 20 de abril deste ano, ela enfatizou que não daria pitaco nas campanhas de cidades nas quais aliados concorressem às respectivas prefeituras. “Ouviu, Gilberto”, disse referindo-se ao ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Àquela época, justificara que não poderia perder o apoio de nenhum partido da base aliada. A preocupação é com as coligações para 2014. Como se não bastasse, com o advento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a abertura da torneira de decretos foi escancarada pelo governo. Aos moldes do que promoveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A justificativa é de que os “investimentos” não podem ser interrompidos por causa do período eleitoral. Vale lembrar que, no calor do palanque eleitoral, o que mais se exalta, entre outras promessas, é a capacidade de aliados enfatizar a obtenção de recursos federais.