Um relatório interno da Universidade Penn State, da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que indicou a participação de pessoas da chefia da instituição e o conhecimento da situação por parte do ex-treinador de futebol americano Joe Paterno em um escândalo de abuso infantil foi divulgado pela mídia americana nesse sábado.
Joe Paterno, que tem status de lenda por ser um dos maiores vencedores da liga de futebol americano universitária dos EUA, morreu no último mês de janeiro aos 85 anos, vítima de um câncer. O treinador deixou um lucrativo acordo com a universidade, firmado em agosto de 2011, e, que entre outras coisas, prevê um pagamento mensal pelo resto da vida da mulher dele, Sue Paterno.
Um dia após a divulgação do relatório, a conselheira da Penn State, Karen Peetz, disse à CNN que "contratos são contratos" e que "não há planos para mudar isto".
As negociações começaram em janeiro de 2011, no mesmo mês que Paterno testemunhou perante um júri sobre o caso de abuso infantil que envolvia na época o ex-assistente técnico Jerry Sandusky. Paterno foi investigado por ter conhecimento da situação e negligenciado a informação.
Dez meses mais tarde, Sandusky foi preso e, no mês passado, acusado oficialmente por abusar sexualmente de crianças por quase 15 anos.
Os advogados da família Paterno não foram localizados para comentar o assunto, mas nesse sábado uma auréola que havia sido pintada sobre a imagem do treinador na universidade depois da morte foi apagada. Enquanto isso, Sandusky aguarda a sentença final das acusações de abuso.