Mais uma vez a cidade de Rio Largo, situada a 25Km de Maceió, é palco de desavenças políticas. O Prefeito afastado Toinho Lins (PSB), declarou ser candidato à reeleição e (em entrevista publicada num site de notícias de Alagoas) diz estar sofrendo perseguição política por parte da atual prefeita, Fátima Correia (PSD) e seus auxiliares.

O ex-prefeito afirma ainda que houve provocação junto ao Ministério Público, fato este que acarretou em sua prisão. Em relação à colocação de Lins, o procurador-geral de justiça do Ministério Público de Alagoas, Eduardo Tavares afirma que “o MP trabalha em cima de fatos e documentos. Não agimos com base em nenhum viés político. Estamos aqui para investigar quem quer que seja”.

“A maioria das pessoas que são investigadas pelo MP sentem algum desconforto e fazem colocações infelizes. Entendo isso, mas reforço que as atitudes tomadas pelo MP e pelo Grupo de Combate a Organizações Criminosas (Gcoc), se baseiam em fatos e documentos, e não em posicionamento político de nenhuma natureza. O MP trabalha para a sociedade”, declarou Tavares.

O afastamento e prisão de Toinho Lins, no dia 22 de maio, se deu quando o Ministério Público Estadual apurou que houve a desapropriação do terreno de uma usina, que está em processo de falência, pelo valor de por R$ 700 mil. O espaço era para alocar a construção de casas populares para os desabrigados da enchente de 2010. Com o não andamento do processo a Câmara de vereadores de Rio Largo autorizou a venda do terreno pelo mesmo valor da compra. Segundo o MP o valor real da área era em torno de R$ 21 milhões. Toinho Lins saiu da prisão no dia 21 de junho.