João, não seria EiSa? Seria!, mas pela novela, terminou como EiTa mesmo! Pois é como todos nós sabemos, o EiTa ou Êitcha é uma palavra usada no Nordeste para expressar admiração, dificuldade, espanto, surpresa ou susto. É esse o sentimento da sociedade Alagoana ao conhecer um suposto final da história desse tão falado e discutido Estaleiro nas terras de Coruripe.
Pra quem não sabe, o estaleiro seria do Grupo Synergy, do famoso e polêmico empresário, German Efromovich e ocuparia uma área de 2 milhões de metros quadrados, com o valor estimado de 1,5 bilhões de reais com pretensões de ter sido o maior estaleiro das Américas.
Mas essa novela que podemos categorizar como "Dramalhão Político" que começou em 2009, teve mais um capítulo (que pode até ser o último) com um parecer técnico do Ibama (Governo Federal) que vetou em definitivo, o licenciamento para a construção do estaleiro no Pontal do Coruripe. No documento de 99 páginas, consta vários pontos onde argumentam, que a instalação do empreendimento na região provocaria danos irreparáveis ao meio ambiente e ainda favelização e sobrecarga nos serviços públicos na região e atrapalharia a dinâmica da economia regional. (Hein!?)
É claro que o Governo e/ou Grupo Synergy, deve recorrer deste parecer tecnico do Ibama, até porque, pelo que se comenta, não existiria a viabilidade econômica da construção em outro local na região.
Mas o que fica como constatação nisso tudo é que como pode um Estado com tantas necessidades e dificuldades em todos os aspectos, ainda viver como se ainda estivéssemos na época das oligarquias? Essa disputa desenfreada pelo Poder atrapalha e muito Alagoas. Independente da atuação da administração do Governo atual, as críticas devem ser sempre pautadas como construtivas no sentido de recuperação e reconstrução do Estado e não para afundar mais ainda, no cenário quanto pior melhor, focando enfim, ... sabe-se lá!!.
Não vou aqui defender lado A, B ou C, até porque quem me acompanha sabe das minhas críticas pontuais ao atual Governo, mas apesar da obra ter sido apresentada como faraônica (Maior estaleiro da América Latina) e de ter sido vendida e cantarolada em verso e prosa como a "salvação de Alagoas" e como um marco da administração da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Governo Estadual, foi alvo de fogo constante desde o começo, pelos amigos "inimigos" políticos do Governo atual. Talvez pela forma que foi "vendida e cantada" ... quem vai saber!?
Êitcha, por fim, quem perdeu foi a população novamente! Infelizmente!