Estamos de cabeça baixa o tempo todo observando um celular. No carro, em casa, na frente da televisão, andando na rua, sempre olhando e dedilhando um aparelho de celular. Se não estamos teclando, estamos tirando fotos e filmando. O celular entrou definitivamente em nossas vidas e além de substituir o velho e analógico aparelho fixo, agora está substituindo nossa atenção ao resto do mundo real.

Pois é, as maravilhas das novas tecnologias dos celulares que foi capaz de nos conectar o mundo através de alguns toques no teclado, também tem seus efeitos nocivos.

No Brasil somos mais de 253 milhões de aparelhos de celulares ativos. Isso significa mais mais de 1 celular por habitante. Esse número cresce diariamente e o Brasil deve terminar 2012 com 73 milhões de acessos de banda larga móvel (internet), podendo alcançar 124 milhões de acessos em 2014, segundo a Anatel.

Com isso a venda de smartphones no Brasil devem crescer 73% este ano e pode facilmente dobrar no que vem. Um estudo recente, feito pelo Ipsos Media e a Google, revela que 27 milhões de pessoas já têm smartphone no Brasil. Isto representa mais do que na Alemanha com 24 milhões e do que na França com 25 milhões.

Pois bem, estes números só reforçam a tese de que estamos vivendo a geração dos DEDÓgrafos e dos leitores de links. SIM, porque com a Evolução dos tempos, a datilógrafia passou a ser chamada de digitação e o teclado foi diminuindo e ficando portátil, nas micro telas do celulares, com isso, lemos geralmente apenas os títulos e digitamos com apenas 1 ou 2 dedos, DEDIlhando com no celular a mão.

Essa constatação é de certa forma instigante pois ao mesmo tempo em que o celular pode nos conectar e abrir as portas da comunicação e do ambiente mobile onde já podemos conviver desde o entretenimento até a educação móvel, passado pelo m-commerce, faz com que as pessoas passem mais tempo com o aparelho sempre na mão perdendo a noção do ambiente social em que vivem no mundo real. Por outro lado, esses Smartphones nos permitiu flexibilidade de se locomover sem precisar estar sentado a frente de uma máquina para conexão e obter informação.

Enfim, o importante mesmo, já que a tecnologia só avança, é o equilíbrio e tentar repartir melhor o tempo entre o Digital e a atenção as coisas ao seu redor, mesmo com o celular esteja ao alcance, guardado no bolso, de preferência.

Como diz uma famosa frase: "Fiel mesmo é meu celular, que ouve minhas conversas e não conta pra ninguém, toda noite dorme do meu lado e ainda me acorda cantando"

Pense Nisso!  @JoaoKepler