No início do ano passado, em Ribeirão Preto (SP), músicos de pop rock resolveram trocar guitarras por cavaquinhos. Era só por algumas horas, nos ensaios de uma festa. Sem avisar, um amigo DJ soltou meia-dúzia de batidas eletrônicas.

"Começou como um samba para desestressar. Foi assim que criamos o samba house. O termo traduz o nosso som. É o suingue do samba rock e as batidas da eletrônica", define Luciano Tiso, vocalista do grupo Oba Oba Samba House. Hoje, o quarteto paulista lota 20 shows por mês e acaba de lançar o primeiro disco por uma grande gravadora, a Sony Music.

A fórmula do Oba Oba é simples: músicas conhecidas de vários gêneros são tocadas em versões levemente eletrônicas. São acompanhadas por composições próprias, no mesmo rumo. O quarteto é como um Emmerson Nogueira das pistas de dança.

Hits da MPB ("Mas que nada", "Malandragem dá um tempo", "Não quero dinheiro") convivem com covers roqueiros (veja vídeo acima com versões de Foo Fighters, Kings of Leon e Red Hot Chili Peppers). As vinhetas eletrônicas dos shows são criadas pelo produtor Fernando Deeplick, conhecido por ter feito remixes para Vanessa da Mata. A mistura agradou. Luciano afirma que hoje o grupo é dono do "segundo ou terceiro melhor cachê do Brasil no segmento samba".