O desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas, Otávio Leão Praxedes, decretou na tarde desta segunda-feira (21), a prisão do prefeito de Rio Largo, Toninho Lins (PSB). O prefeito é acusado de apropriação de bens e renda pública em proveito próprio, alineação de bem público em desacordo com a lei, falsidade ideológica, dispensa ilegal de licitação e formação de quadrilha.

Na última sexta-feira (18), o procurador -geral de justiça de Alagoas, Eduardo Tavares, solicitou a prisão por entender que as provas contra o prefeito são fortes. Na última semana, homens da Força Nacional e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) cumpriram 10 mandados de prisão expedidos pela 17ª vara Criminal, contra todos os vereadores na Câmara do município.

Sete vereadores foram presos por suspeita de envolvimento no esquema, que beneficiou uma usina da cidade e empresários com a venda do terreno por um valor muito abaixo do mercado.

“A repercussão dos fatos mostrou-se ainda maior, por terem sido imputados justamente a quem deveria garantir a ordem pública, nos limites das atribuições inerentes ao cargo que ocupa e que lhe foi conferido nas urnas, máxime se lembrado que Rio Largo é considerado um dos municípios mais pobres do país, amargando a sua população, os dissabores de uma política lastreada, ao que tudo indica, em forte esquema de corrupção e desvios públicos”, completou.

Além do decreto de prisão, foi determinado o encaminhamento de cópia integral dos autos à comarca de Rio Largo “para fins de eventual retrocessão da área expropriada e efeitos acessórios”.

Investigações

O Ministério Público iniciou as investigações sobre a venda de terrenos em Rio Largo, após o recebimento de denúncias. O prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, teria vendido um terreno que vale R$ 21 milhões a uma empresa pelo valor de R$ 700 mil. O negócio teria sido feito com o aval dos vereadores da cidade.