Mesmo tendo uma significante estatística de exclusão social entre a população negra/parda tanto o estado alagoano, como seu principal municipio , Maceió, faz de contas que o maior problema social está constituído no binômio:pobreza X violência sem estabelecer elos de ligação com o racismo que fossiliza a igualdade humana.
Os partidos políticos são reprodutores deste desconhecimento/descaso dos poderes constituídos em relação a ações concretas que visam combater as desigualdades raciais e de gênero na capital alagoana.
Como pensar o direito da população negra se não temos políticos negros ou os que, independente de cor de pele, defende questões relativas à igualdade racial?
O representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Carlos Alberto de Souza, afirma que é preciso mudar a cara do parlamento brasileiro pra depois pensar em ações afirmativas contra o racismo.
E, com o objetivo de investigar a questão o Projeto Raízes de Áfricas, como parte integrante do XI Ígbà-Seminário Afro-Alagoano: “O Estatuto da Igualdade Racial e as Possibilidades para o Exercício Legal das Políticas de Promoção para a Igualdade Racial, no Brasil” realiza dia 17 de maio o debate temático: “A participação dos negros no processo de formação política do país. Perspectivas e possibilidades para eleição de 2012”.
O que pensa as siglas políticas, em Alagoas, sobre a questão?
O Projeto Raízes de Áfricas propõe o painel para que representantes habilitad@s e indicad@s pelos partidos, possam dialogar sobre uma possível agenda étnica nessa nova percepção dos direitos do povo negro.
O desafio que se impõe é criar espaços elásticos de discussão buscando assegurar que a diversidade-especialmente a étnico-racial- seja respeitada e compreendida histórico e juridicamente, nos projetos políticos, estabelecendo assim a noção de perspectivas na política e a criação do discurso dialógico. Aquele que visionário enxerga as diferentes e complexas realidades urbanas em um mergulho aprofundado na pluralidade sócio-racial. Não só exaltando-a mais conhecendo os intrincados caminhos criadores dos lastros de rupturas da cidadania.
Já confirmaram presença o debate representantes do Partido dos Trabalhadores, de Alagoas, Minas Gerais e Salvador e do PDT do Ceará e Alagoas.
Precisamos de representantes das outras siglas partidárias.
O discurso político tem como dever prioritário ir além das cestas básicas, da polícia armada ou viaturas nas ruas, é papel dele estimular o debate no mais amplo cenário de discussões possíveis, na democracia participativa.
Precisamos de parlamentares que exercitem uma consciente costura crítica e política sobre a diversidade étnica, que interpela, propõe, manifesta, colocando em seu abecedário as questões raciais.
A discriminação política institucional, nas terras de Zumbi ( Valeu Zumbi?) é um dos maiores problemas para eliminação das desigualdades raciais. A promoção do racismo institucional não permite que as políticas sejam aplicadas de forma igualitária”.
Quantos parlamentares em Alagoas possuem essa produtiva biografia de luta?
Contou nos dedos?
O Racismo reduz a liberdade humana!
Senhores e senhoras candidatas,as plataformas políticas têm que enxergar o povo pela ótica das suas especificidades sócio-étnicas e sair do lugar comum dos “eliminar”, “erradicar”, “combater” a pobreza, como se ao fazê-lo, por tabela, acabaríamos com as desigualdades raciais.
Convite feito. Convite aceito?
Serviço:
XI Ígbà-Seminário Afro-Alagoano: “O Estatuto da Igualdade Racial e as Possibilidades para o Exercício Legal das Políticas de Promoção para a Igualdade Racial, no Brasil”
Inscrição para participação: Gratuita
Taxa de inscrição com certificação de 30 horas: R$:10.00 (dez reais)
Inscrição: O pagamento da inscrição poderá ser realizado no dia 15 de maio, a partir das 13 horas, na recepção do Seminário
Informações: (82)8827-3656/3231-4201
Locais: Teatro Abelardo Lopes/SESI- Galeria Arte Center. Av. Antonio Gouveia, 1113- Pajuçara/Maceió, AL
Auditório térreo da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, bairro do Farol/Maceió,AL
Solicite a inscrição pelo e-mail: raizesdeafricas@gmail.com