Dos tecidos quentinhos com a cara do inverno, o veludo reinou absoluto nas passarelas nacionais e internacionais, tanto em roupas quanto em acessórios. Além de muito usado em roupas de festas, o veludo saiu da formalidade para ganhar ares casuais, com produções que podem ser adotadas no dia a dia. Alguns looks têm até uma pegada esportiva.
"Há três versões que reinam neste inverno. O veludo clássico, tradicional; o cotelê, que é canelado, e o molhado, mais fininho, macio e que tem este aspecto de molhado como o próprio nome sugere", afirma a consultora de moda Danielle Ferraz.
Apesar de lindo, o veludo marca a silhueta. Portanto, é preciso critério e bom senso antes de usá-lo. A stylist Márcia Jorge alerta que a mulher só deve comprar uma peça de veludo se realmente gostar e não somente porque está na moda. "Tenha muito cuidado ao misturar tipos diferentes do tecido em uma mesma produção. Na dúvida, melhor não arriscar. Uma peça curinga, na minha opinião, é um blazer preto acinturado de veludo alemão ou cotelê", afirma.
Se fosse para definir uma peça curinga do inverno, Danielle Ferraz sugere uma calça em estilo montaria. "Elas são clássicas, não saem de moda e ainda são quentinhas."
A formalidade não é mais necessária para tirar o veludo do armário. Por isso, em ocasiões casuais invista em macacões , blusas, camisas e blazeres com jeans, vestidos supercurtos com tule e transparências. Para quem curte balada, shorts ou saia curtos, com camisa de seda e jaqueta de couro. Vale inventar e misturar com tecidos leves ou pesados, meias-calças coloridas ou com texturas. Em ocasiões formais os vestidos longos mais sóbrios, terninhos em cores escuras são os mais indicados. "Quanto menos brilho e menos cores vibrantes, mais formal", explica Márcia Jorge.
Os veludos mais fininhos marcam; os mais encorpados, não. Por isso todo cuidado é pouco na hora de escolher a lingerie que usará por baixo de uma peça de veludo cristal, molhado ou dévoré. E se forem mais justas, o corpo deve estar em dia. Além disso, a roupa deve ser sempre lavada a seco, para não correr o risco de ficar com marcas.
Democrático, o veludo cai bem em todas as idades, tudo vai depender da peça. "Há modelos para todos os gostos, desde os mais esportivos até o mais clássicos. As grifes apostaram de vez no tecido e trouxeram uma variedade de modelos para atingir o maior número possível de pessoas em seus diferentes estilos e preferências", afirma Márcia Jorge.
Tipos de veludos
O mais brilhante de todos e o que apareceu na maioria das coleções foi o veludo cristal, ele é bem fininho e macio, normalmente feito com fios de seda.
O veludo alemão também brilha, mas é um tecido bem mais encorpado, liso e altamente sofisticado.
O veludo cotelê é aquele veludo canelado, pode ter mais ou menos brilho, tudo depende de sua composição.
O veludo molhado parece com o veludo cristal, mas por ser ainda mais fininho e ter sua superfície irregular, dá um efeito de brilho como se estivesse molhado, daí o nome.
O veludo dévoré é o tecido após um processo químico que cria irregularidades na peça formando desenhos ou dando um ar de desgaste.