O general do Exército e ex-secretário de Estado da Defesa Social, Edson Sá Rocha, deve desembarcar, nesta quinta-feira (26), em Alagoas. Ele foi um dos gestores que teve a prisão decretada pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital – e em seguida revogada – acusado de envolvimento na fraude milionária que desviou recursos destinados à compra de alimentos para os Sistema Prisional.

O vôo que trará Sá Rocha a Alagoas deve chegar por volta do meio dia no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. O general deve se reunir com advogados e em seguida ir ao Fórum do Barro Duro onde prestará depoimento aos juízes da 17ª Vara.

A prisão de Sá Rocha foi revogada após o antigo gestor entrar em contato com os magistrados, colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos e se comprometendo retornar a Maceió, onde permanecerá o tempo necessário para as investigações da Operação Espectro, que revelou um desvio na compra de alimentos para o Sistema Prisional.

Além disso, seu estado de saúde contribuiu para a decisão do colegiado de juízes. “Ele mesmo ligou e se antecipou, aliado a isso foram levados em consideração aspectos relacionados à idade avançada e problemas de saúde”, explicou o juiz Sandro Augusto na última terça-feira (24), ao portal CadaMinuto.

O magistrado informou ainda que a revogação da prisão do general foi repassada ao Exército, que estava responsável por conduzir o ex-secretário para a capital alagoana. “Foi dada a contra-ordem. Ele (Sá Rocha) disse que chegará o mais breve possível”, afirmou.

Entre os presos, coronéis e capitão da PM

A prisão de Sá Rocha foi determinada pela justiça, assim como a dos coronéis Luiz Nascimento Bugarin e Erivaldo Albino dos Santos, além do capitão da Polícia Militar Armando Leite e do escrivão da Polícia Civil, Hibernon Vieira dos Santos.

Coronel Bugarin ocupou o cargo de Intendente Geral do Sistema Prisional; já coronel Erivaldo Albino integrava a gestão do militar e ocupava o cargo de coordenador financeiro. Já Sá Rocha foi secretário de Estado da Defesa Social no ano de 2007. Eles são investigados pela polícia por envolvimento nas supostas irregularidades que desviou verbas da Secretaria de Defesa Social para compra de alimentos destinados aos presídios alagoanos.

De acordo com o Ministério Público, a solicitação da prisão, por tempo indeterminado, dos militares pelo Gecoc foi enviada à Justiça na semana passada. Ao todo, dez mandados de prisão foram expedidos. Na lista dos presos estão Pedro Paulino dos Santos Neto, Luiz Carlos Lins e Luíza Maria de Barros Leodino (do ramo de postos de combustíveis); o funcionário público Cícero Veríssimo Ferreira (atualmente lotado na Secretaria da Mulher); e a comerciante Maria Eunice Lopes da Silva.