Em visita ao Brasil, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, elogiou na manhã desta terça-feira (17) a atuação da presidente Dilma Rousseff no combate à corrupção. Segundo ela, Dilma se tornou referência ao criar “um padrão mundial” no assunto.

— O seu empenho [da presidente Dilma] em favor da abertura da transparência absoluta contra a corrupção cria um padrão mundial, e os EUA muito se orgulham de copresidir essa parceria com o Brasil.

Hillary participou hoje da abertura da reunião anual da Parceria para o Governo Aberto — ou OGP (Open Government Parthership), em inglês. O evento ocorreu em Brasília e reuniu autoridades de vários países.

Lançada epelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a OGP é coordenada também pelo Brasil, que foi o primeiro país a aderir à iniciativa.

A parceria tem como objetivo promover a adoção de medidas para aumentar a transparência dos governos, com a ampliação do acesso a informações públicas e fortalecimento do combate à corrupção. No evento de hoje, 42 países fariam sua adesão formal ao grupo.
Ao discursar, Hillary, que está no Brasil desde domingo (15), também defendeu a abertura dos países como forma eficaz de evitar desvios na administração pública.

A cura para corrupção é a abertura. E nós, nessa parceria, estamos mandando um recado para nossas populações no sentido de que defendemos a abertura e somos responsáveis. Quando a população pode se expressar livremente a seus líderes, nós fazemos tudo melhor. Faremos de tudo para que essa parceria garanta que o século 21 seja um período de democracia, liberdade e transparência a favor dos povos de todos os países.

Parceria

Participaram da abertura do encontro, além de Dilma e Hillary, o ministro de Gabinete do Reino Unido, Francis Maude, o primeiro-ministro da Geórgia, Nikoloz Gilauri, o jornalista e ativista anticensura do Iêmen Walid Al-Saqaf, e o advogado e ativista indiano emprenhado em melhorar o sistema educacional de seu país Fellow Gautam John.

Durante dois dias, estarão reunidos cerca de 500 delegados, representantes de organizações da sociedade civil, de empresas e de governos. Ao todo, 55 governos aderiram à parceria desde sua criação, há cerca de um ano.

Os participantes discutirão as iniciativas que estão sendo adotadas pelos países para promover a transparência, fortalecer a cidadania, combater a corrupção e utilizar novas tecnologias para melhorar a governança e dar suporte à implementação de compromissos multilaterais.