Quando reconhecemos nossa própria canção não temos necessidade de prejudicar ninguém.

17/04/2012 09:02 - Raízes da África
Por Arísia Barros

A vida, sempre vale à pena quando nossa alma não se apequena. Socializo um belíssimo escrito da poetisa africana Tolba Phanem.


A CANÇÃO DOS HOMENS


Quando uma mulher de certa tribo da África sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e, juntas, rezam e meditam até que aparece “A canção da criança”.
Quando nasce a criança, a comunidade se junta e cantam sua canção. Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe canta a sua canção.
Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.
Quando chega o momento de seu casamento, a pessoa escuta sua canção.
Finalmente, quando a sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, como em seu nascimento, cantam sua canção para acompanhá-la na “viagem”.
Nesta tribo da África, tem outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, levam-no até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor.
Então, cantam-lhe “sua canção.”
A tribo reconhece que a correção para as condutas antissociais não é o castigo; é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade. Quando reconhecemos nossa própria canção, já não temos desejo nem necessidade de prejudicar ninguém.
Teus amigos conhecem a “tua canção”. E a cantam quando a esqueces. Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes, ou as escuras imagens que mostras aos demais. Eles recordam tua beleza quanto te sentes feio, tua totalidade quando estás quebrado, tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso


 

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