Do Cinema feito em Alagoas até a Crítica Cinematográfica - debate

05/04/2012 15:26 - Ensaio Geral
Por Redação

Mediante o tamanho dos comentários, suscitados pela reportagem que intitula a matéria, resolvi disponibilizá-la aos interessados em acompanhar as argumentações:

Nuno ( Frequentador dos Cineclubes alagoanos) com a palavra:

Primeiramente quero parabenizar pela reportagem e mais ainda ao trabalho do Filmologia. Gostei das palavras do Ricardo Lessa quanto a sua crítica ao pensar cinema por parte dos realizadores alagoanos. A crítica é fundamental para o desenvolvimento da produção alagoana, porém senti que o diálogo se isolou em realizador e crítico, esquecendo-se de tudo que há entre os dois. Não foi ressaltado em nenhum momento o importante papel dos cineclubes no pensar cinema. Temos em Maceió diversos cineclubes funcionando semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, que tem sim cumprido o papel de buscar o pensamento crítico e cinematográfico em seus debates e discussões. Ressalto o papel dos cineclubes Olho Vivo, Olhar Periférico, Filme de Quinta, Ideário, Tela Tudo, Projeção entre outros que não me veio na memória no momento. Ressalto também o papel desempenhado pelo Ideário e Projeção que mantêm em todas as suas sessões o debate pós-filme. Essas discussões sempre buscam uma visão que superam sua temática, visando o pensamento na crítica e num olhar mais cinematográfico. As escolhas dos filmes também são de grande importância, buscando exibir filmes do cinema clássico e contemporâneo como também seus realizadores; dessa forma criando d O Tela Tudo tem desempenhado um importante papel ao exibir clássicos do cinema na tela do cine sesi (exibiu Persona do Bergman, Noites de Cabíria de Fellini, Encouraçado Potemkin de Eisenstein). O Filme de Quinta exibiu ano passado diversas produções alagoanas, exibindo mostras e retrospectivas voltadas a realizadores alagoanos. Se tudo isso não for pensar cinema eu não sei o que é. O festival de Penedo esteve aí e os cineclubes desempenharam papel de importância na programação e realização. Falta a crítica também desempenhar seu papel, afinal as coisas estão acontecendo.
 

Ranieri Brandão - Editor do Filmologia responde:


"Boa, Nuno. Acho, primeiramente, que o diálogo proposto foi mesmo sobre "cineasta e crítica", porque o "o que há entre os dois" já é uma coisa mais legitimada, por aqui, coisa conhecida - daí os cineclubes terem conseguido organizar o festival de Penedo que nós, da "crítica", nem sequer fomos convidados como tal(como "críticos").

Se estamos numa luta pelos mesmos direitos de "visibilidade",acho que nós da crítica temos que reconhecer o papel dos cineclubes de Alagoas,ao passo que o pessoal do cineclube deve reconhecer o nosso papel como críticos,como pessoas que,como todos do cineclube estão desejando um certo cinema que deve ser visto.Penso que na matéria (feita por minha mãe, por sinal, porque por outros meios a gente não consegue aparecer aqui em Maceió, a não ser pelos "conhecimentos") o enfoque dado pende mais para uma questão de ter um local onde sejam expostos pontos de vista publicados, escritos.

Uma publicação que debata cinema, que não seja nem cineclube(sim,é questão lógica que os cineblubes "pensam cinema", isso não foi jamais negado),e nem o jornalismo tradicional,que a gente vê aos montes (isso quando vê),dizendo alguns absurdos como o que Ricardo citou na entrevista acima.Para mim,o que falta é essa junção,esse reconhecimento de que escrever sobre cinema, além de ser pensá-lo, é também um modo de fazê-lo,como Nando bem colocou aqui,na entrevista que saiu ontem.Se a crítica exerce mesmo um papel importante no Estado,onde estávamos nós,da única revista de cinema do Alagoas,q não recebemos nenhum convite oficial para irmos à Penedo,fazer parte de júri ou público-tanto faz?Acho que a crítica não tem obrigação de ser amiga de cineastas,mas sobretudo amiga ou não de seus pensamentos.E q esses pensamentos devem ser publicados.

O cineclube é uma etapa realmente bastante importante para o pensar(e também para formar grupos de amigos), não há dúvidas.Creio que os cineclubes por aqui ainda possuem uma posição bem mais privilegiada do que nós da crítica(somos só dois q nos auto-proclamamos:Ricardo e eu),pq acima de tudo,vcs exibem filmes,vc são vistos e não lidos vcs primeiramente estão COM OS FILMES,e nós,em tese,estamos primeiro com as opiniões sobre eles. Isso faz toda a diferença.Seria mais noticioso informar sobre a exibição de um filme de Werner Salles no festival do que sobre um texto que escrevi sobre ele no Filmologia(texto que seria publicado na revista Graciliano e nunca foi e nem me foi dada explicação sobre o porquê não).

A impressão q dá é q quem escreve aqui(e não quem exibe aqui)fica sempre pra segundo plano.Aí,se estabelece uma certa ideia clássica de q todo crítico é mal-humorado,q não têm moral pra falar sobre nada,pq não sabe nem ligar uma câmera(já ouvi coisas assim).E aí,procede-se à mesma coisa de sempre,às mesmas ideias sobre cinema,e tal.Acho que falta ao Filmologia,não sei como ainda,um contato maior com toda a produção (ainda pequena)alagoana.Não para ficarmos amigos dela,mas para q ela seja debatida num espaço fixo (numa revista eletrônica),tratando os filmes como outros quaisquer e não como "filmes bons,pois conseguimos filmar apesar das adversidades".Não sei dos debates q se travam nos cineclubes(eu,de fato,fui apenas naquela sessão do Projeção),mas ainda assim não vejo esses debates extrapolarem para fora de suas esferas.

A gente fica sempre numa coisa marginal,viciada-e tenho que confessar:identifico um certo problema nos cineclubes de Maceió quando eles exibem "os clássicos do cinema" e se filiam,aparentemente(esta é a opinião de quem está de fora),a uma História do Cinema puramente oficial.Para cada Fellini,Bergman e Eisenstein (um cinema que já se estabeleceu há décadas),ficam de fora milhares de Mambétys,Vecchialis,ou até mesmo Argentos,Bavas,Fulcis(que são mais conhecidos,mas meio negados pelo "bom gosto oficial").Bem como até cineastas tido como "comerciais"são ignorados pq me parece,a ideia do "cinema de arte",aqui em Maceió,é incorruptível,denota todo um padrão de cinema a se filiar e a ter inimigos para combater.Fica-se refém,por muito tempo,de olhar(Bergman,Fellini,Eisenstein,cineastas que amo,mas que nunca me impediram de amar um Jean Garrett ou Mario Salieri) e não se parte para outros-e,quando se parte,chega-se a cineastas também já bem legitimados nos "circuitos de arte"(termo q eu,particularmente,odeio).

Tenho a impressão q o cinema americano é bastante ignorado(acho q revolucionário e inédito será o dia em q algum cineclube exiba um filme do Spielberg para explicar pq o odeiam),ou algum do Craven,por exemplo,pra explicar pq ele não vale nada.Acho q por isso,aqui em Maceió,ter uma revista de cinema é bem menos visível do q ter um cineclube.Sinto q as escolhas q temos feito para nossas edições,outras mais e outras (bem)menos,são arriscadas.Pq ainda assim a gente está entre dois polos legitimados dos quais existem coisas q gostamos:o "cinemão",como dizem,e o "cinema de arte".A gente tá tentando dar o mesmo espaço a esses cinemas,pq temos carinho por muitas coisas de ambos.E não sendo tentados a cair nessas definições do q é cinema (Bergman,Fellini,Eisenstei,os filmes alagoanos válidos pq pequenos) ou do q não é (Craven,Spielberg,e por aí vai),delimitando oq deve ou não ser visto.Achei interessantíssimo o SESI ter exibido o "Cavalo de Guerra",do Spielberg;o SESI,q sempre teve a alcunha de cinema "alternativo".

Achei extremamente louvável eles terem exibido um filme tão bonito e tão deplorável(pra mim o foi) quanto esse Spielberg.Foi uma atitude mais hardcore do q qualquer cineclube daqui,pelo menos nos últimos dois anos,teve a coragem de realizar.Mas no final das contas,acho,já me estendi demais,e não quero,com isso,criar nenhum mal entendido..Só debate(impresso,registrado,para que os cineastas,donos de cinema,etc,q não foram ao cineclube,possam ler aqui oq pensamos sobre as coisas).E quero,de verdade mesmo,deixar claro q os cineclubes são importantíssimos sim,por aqui.Talvez até mais do que os filmes alagoanos q estão sendo feitos.Em todo caso,também saí do foco da matéria(onde estão os cineastas que não reconhecem a crítica em Alagoas?).Mas é isso.Um abraço."
 

Ricardo Lessa - Editor do Filmologia responde:

Nuno, meu amigo, não citei os cineclubes porque eu tentei direcionar aos que é produzido em termos de filmes no estado. mas claro que os cineclubes em Maceió tem um papel importante (como tem em Recife, no Rio, em SP), porque só no ato de programar a exibição de filmes que estão fora da zona de segurança.

Nuno:

Olhe, sei que não foi seu foco de seus comentários, mas na questão de exibir aquele não aquele outro como ser 'hardocore' parece equivocada. É só dá uma olhada na programação exibida por Olho Vivo (q já passou até trapalhões) e Ideário (em que o público muitas vezes escolhe o q quer ver). Claro que em nenhum momento busquei desmerecer o papel de crítico (jamais!), o fato é que busquei um pouco desse diálogo (inexistente?) de quem escreve, realiza e projeta cinema. Ser convidado ou deixar de ser não impede de ir ver de perto. É lamentavel que não se tenha essa dialogo com quem escreve, mas não podemos ficar apenas em discurso reclamando daquilo que falta. Por isso importante fazê-lo. Vocês fazem, mas pouco ou nada se vê prestigiando aquilo que acontece. E esses que fazem não esperam ser convidados, tomam a iniciativa. Cineclube tem conviver com público de 20, 30, 1 ou nenhuma pessoa. Acredito que a conversa já tenha se desvinculado da proposta da reportagem, mas é dificil não tocar nesses pontos.

Ranieri Brandão:

Então, Nuno. Bem colocada a questão dos Trapalhões – mas eu sinto que a escolha dos filmes deles é ainda um pouco mais segura, porque de algum modo, os filmes dos Trapalhões, hoje, consistem num imaginário já legitimado, sim: é o filme que vamos ver esperando encontrar o “trash”, o ridículo e a infância. Mas essa é apenas uma opinião minha, como tudo o que estou dizendo aqui, são visões bem particulares que tenho no contato com os filmes e na minha relação com eles enquanto público (porque eu sou público, também, todos somos). Acho que nunca recebi e-mails deles (Olho Vivo), daí, confesso, pode ter sido um erro de minha parte afirmar o que afirmei, se isso saiu num tom muito generalizante, peço desculpas – e aqui conserto dizendo: alguns cineclubes, sim, possuem um olhar mais voltado para um único tipo de cinema que, a mim, mesmo gostando, não é suficiente. A questão que coloco a respeito de um filme do Spielberg que poderia ser exibido em algum cineclube parte da ideia que o cineclube, aqui em Maceió, continua a exibir, SEMPRE, a exceção, e não a exceção da exceção. Claro, o cineclube existe muito para isso, para trazer o não-visto para a visibilidade; trazer a raridade para perto de nós. O que me assusta, às vezes, é que esse “fora da zona de segurança” que Ricardo fala pode se tornar uma sim uma legítima “zona de segurança”, como às vezes eu vejo aqui. Sinto que alguns filmes mal-vistos demais (e, paradoxalmente, muito vistos, como os do Spielberg), merecem, vez por outra, uma sessão, um debate que coloque aquele filme nos trilhos, no amor ou no ódio. É o que digo sempre: digo que seria bastante interessante sessões desses filmes. Talvez eu esteja, com minhas manias, querendo “reinventar” a natureza do Cineclube. Mas como possibilidade de uma sessão realmente desafiadora, cito, como exemplo, o Dissenso, de Recife, que dia desses exibiu “Pânico”, do Craven, um filme bem conhecido, que gerou toda uma série de continuações (o quarto filme, inclusive, eu acho ótimo). O que eu acho urgente aqui, é reconhecer que determinados filmes “comerciais” tem muito a dizer ou não – e, sendo ruins ou bons, como eu sempre falei, acho que um filme pode gerar boas discussões, boas exibições, bons textos (e não textos dizendo que o filme é bom, claro, se não tem jeito de gostar dele). O que cansa bastante, a meu ver, aqui, é ver escolhidos para serem exibidos geralmente muitos dos “filmes de arte” ou “clássicos” (eu nunca mais recebi e-mail de nenhum cineclube, mas os últimos que recebi, eram em sua esmagadora maioria,, se bem me lembro, de filmes que já estão bem estabelecidos no imaginário – e note-se, eu adoro esses filmes, só acho que eles devem dar espaço, também, para outros, daí eu sempre ficar sem vontade de ir para nenhuma sessão, totalmente desanimado. Eu sairia de casa, sem dúvida, pela curiosidade que um filme do Spielberg me despertaria não só por ele mesmo, mas por ele ser exibido num cineclube). Todos os filmes exibidos desses que tenho notícia, merecem totalmente ser vistos (e a rigor, todo filme, pra mim, merece uma olhada, um textinho que seja), não há dúvida alguma. O que falo aqui é sobre essa impressão que tenho, de que ao invés de passarem os mesmos filmes dos mesmos cineastas, porque não passarem filmes menos conhecidos desses mesmos cineastas, ou até mesmo os ultra-conhecidos desses cineastas “comerciais”, que são geralmente ignorados?

E claro que eu entendi totalmente seu ponto de vista, Nuno, meu amigo, e sei, certamente, que você, em nenhum momento, buscou desmerecer o papel da crítica, aqui em Maceió – tanto que você mesmo fez parte da equipe do Filmologia por um tempo. Creio que a questão que se coloca aqui é que não recebemos um retorno de ninguém, daqui da cidade – cineastas ou não. A gente recebe de alguns amigos, conhecidos, mas nunca de alguém inédito. Acho que é necessário compreender que, antes de mais nada, nós somos UM ÚNICO SITE, não temos companheiros nem parceiros, enquanto os cineclubes são muitos, ou aos menos bem mais do que nós, e, aparentemente muito bem organizados. Para nós, é importante sim, sermos reconhecidos e convidados para eventos do porte do festival de Penedo, porque aí sim se constitui o reconhecimento de que existe toda uma cadeia de cinema, de pensamento cinematográfico, circulando e acontecendo em Maceió. Isso pode parecer bastante absurdo, mas esses festivais acontecem tão raramente aqui que, acho, seria muito interessante para todos os envolvidos com realização, exibição e crítica terem seus respectivos postos reconhecidos, aproveitados, executados dentro de um evento do porte que foi o de Penedo. Claro, a gente não precisa ser convidado para nenhum evento, a gente pode ir se quiser, e isso pode parecer uma coisa mimada, esse desejo de ser convidado, mas pelo menos, em particular aqui em Maceió, sinto que, da parte de todos os que organizam eventos de cinema e tal, dentro de toda a dificuldade que a gente sabe que existe para organizar, deveriam, sim, nos chamar, porque nós também passamos pelas mesmas dificuldades que vocês, e porque, como eu já disse, nós não estamos com os filmes, mas com as impressões que temos deles – é um outro tipo estágio no contato com filme e público. Deveríamos sim ser chamados, porque nosso trabalho, aqui, ninguém faz, e ele é um componente, complemento do de vocês, e seria uma chance grande para a organização do festival, de levar mais coisas inéditas para sua estrutura, entende? Se a crítica é realmente algo importante por aqui, porque não reconhecê-la, convidando-a? Creio que seria uma bela tacada da organização, e o festival então ficaria realmente completo, sem nenhuma das etapas de pensamento de cinema ficando do lado de fora, marginal entre os marginais. Certamente, o festival renderia bons artigos (e não notícias), a gente gostando ou não dos filmes exibidos – porque o que importa é que os filmes sejam debatidos, escritos. E então o debate com os cineastas, e até mesmo com os cineclubistas que estavam na organização, seria fascinante, pois mais completo, mais cheio de outros olhares.

Acho que tudo é uma questão de via de mão dupla. Começamos, no Filmologia, divulgando algumas sessões de alguns cineclubes, tínhamos páginas fixas para isso, porque reconhecíamos o esforço de fazer tal trabalho aqui, e era parte de nosso trabalho divulgar algumas coisas, ajudar aqui e ali, ainda com os poucos acessos que tínhamos. Depois de um momento, ficou meio complicado manter aquela página, porque ela estava indo contra um certo perfil que o site assumiu no início e que, depois de quase dois anos, mudava gradativamente com a entrada de novos membros. Acabamos por tirá-la do ar, mas ainda assim, continuamos a divulgar algumas sessões de alguns cineclubes via Twitter, o que dava no mesmo, pois indicávamos os endereços com as informações direto nos blogs dos cineclubes. E ainda assim, ficamos no desejo (Ricardo e eu) de ter contato com os filmes feitos aqui (e não são poucas as vezes em que já se combinou – e em breve deve sair – fazer alguns artigos sobre filmes feitos em Alagoas), porque retirar aquela seção não queria dizer nada. Pode até ser uma questão de remorso, de “reclamar, em discurso, daquilo que falta”, mas, provavelmente, ficar calado não renderia uma conversa proveitosa como essa. A noção de cinema, aqui em Maceió, me parece muito limitada às questões particulares que nós, críticos, exibidores e cineastas, vivemos particularmente, sem conjugar muito bem nossos problemas, sem apresentá-lo assim, publicamente (e esse me parece um primeiro passo dado, não é, Nuno? Sim, é um grande passo que estamos dando), procurando alguma saída para sermos mais vistos e lidos.

Em todo caso, também não estou, de maneira alguma, atirando pedras na atividade cineclubista. Eu, particularmente, admiro muito vocês, sua força de vontade para fazer as coisas, sua organização que é de dar inveja. Novamente, o que me faz falar e reclamar, quando o foco foi virado para a questão do cineclube, é apenas uma posição quanto aos filmes escolhidos. Falei apenas para levantar uma questão, para finalmente, compartilharmos nossos problemas. Mas isso, esse meu problema com alguns filmes que são exibidos aqui nos cineclubes, a gente sabe, é puramente uma questão de gosto – de gosto ao escolher filmes, etc. Só acho que dentro desse pequeno público cinéfilo, devemos ser apresentados a visões de obras que merecem esse olhar, seja filme “de arte” ou “comercial”. Da mesma forma que estou dizendo que acho interessante trazer certos filmes pouco conhecidos ao lado de outros conhecidos que geram, da mesma forma, algum debate, acho que senti que existe também, Nuno, seu desejo que a gente cubra eventos, etc, que a gente dê essa visibilidade – e você está certíssimo. Expus as questões de minha perspectiva, você expôs as suas, e, resumindo, acho que, a partir de agora, os pingos nos is dessa questão tão inesperada (mas foi ótimo que ela tenha aparecido assim, tão de repente), entre crítica de cinema e cineclubes em Alagoas, talvez tenhamos resolvido e esclarecido que, se de fato, queremos uma movimentação cinematográfica em Alagoas, não dependemos só de cineastas, cineclubes ou crítica, separados entre si. Mas antes, da integração de ambas instâncias. Não necessariamente sendo amigas, dando tapinhas nas costas daquilo que se escreve, realiza e exibe, mas debatendo, conversando, sabendo um da existência do outro, sem ignorar ninguém. Para mim, é só o que falta para a coisa andar de vez. 

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