O prefeito de Capela, Adelmo Calheiros (Adelminho) encara como  uma atitude de grande irresponsabilidade,  a ação de  quem mandou na sexta-feira, o elemento José Petrúcio Caetano  da Silva,27, para a delegacia de sua cidade; cidadão esse que praticou na quarta-feira última, o bárbaro crime em uma criança de apenas cinco anos de idade na vizinha cidade de Cajueiro, quando estuprou-a seguido de  estrangulamento; cena ocorrida às margens do rio Paraíba.

É que diante disso, populares revoltados chegaram em Capela montados em dois ônibus e um caminhão para fazer justiça com as próprias mãos contra o assassino, que hora antes teria sido retirado da delegacia de Viçosa, justamente por falta de segurança em meio a um clima de revolta popular.

“Não se justifica colocar um cidadão numa delegacia de pequeno porte e com apenas um soldado, sobretudo diante do grau desse crime. Ora, se em Viçosa não deu certo, imaginem em nossa cidade. Na verdade o ideal seria a Casa de Custódia de Maceió, como foi feito logo após os incidentes em Capela”, comentou o prefeito,  revoltado com o clima de guerra que gerou na cidade, quando o povo queria a todo custo invadir a delegacia, cujos ânimos do quebra-quebra só foram contidos com a chegada do Pelopes (Pelotão de Operação Especial), que reagiu com balas de efeito moral e lançando bombas de gás lacrimogêneo.

O prefeito comenta ainda, que nunca se registrou uma cena dessas em Capela, cidade tida como pacata e de um povo tranquilo e acolhedor.

“O  povo vivenciou um clima de guerra. Teve até um cidadão que foi parar no HGE de Maceió, por conta de um tiro que levou numa das pernas. Depois desse terror, foi encontrado uma cápsula de bala calibre 12, bem próximo ao local. Foi horrível; e muitas pessoas estão traumatizadas até hoje” relatou Adelminho prometendo reagir diante de um apelo na próxima segunda-feira, com a cúpula da Segurança Pública de Alagoas, a fim de que fato dessa natureza não se repita mais em Capela.