Os demônios de Teotônio Vilela e a imprensa livre

05/03/2012 09:20 - Fleming
Por Redação

Por Alexandre Fleming

Nas últimas duas semanas o Jornal Valor Econômico prestou importante serviço aos cidadãos alagoanos. Com informações que desmentem, objetivamente, o Governador Teotônio Vilela e a sua propaganda “oficial”, via Agência Alagoas (que todos os dias encaminham releases surreais para a imprensa local). De acordo com o Valor Econômico, o verdadeiro cenário econômico de Alagoa é um desastre! E pasmem, estamos bem atrás dos demais estados do Nordeste.

Segundo Valor Econômico, Alagoas não acompanha o crescimento do Nordeste. Leia o trecho abaixo, volto em seguida.

“O ciclo de expansão econômica experimentado pelo Nordeste nos últimos anos não foi acompanhado por Alagoas. Sem infraestrutura, mercado consumidor relevante e recursos próprios para contrapartidas, o Estado não conseguiu absorver investimentos, que acabaram destinados para Bahia, Ceará e Pernambuco. Altamente concentrada no setor sucroalcooleiro, a economia alagoana ficou em desvantagem em relação a Estados como Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Maranhão”.

Já o governador, irritado e sem respostas frente aos fatos, deverá enviar uma comitiva a sede do Jornal Valor Econômico, em Recife. Que em Alagoas, a presença de políticos e assessores em redações é algo constante, mesmo porque, grande parte dos veículos pertence aos políticos locais, não significa dizer que a mesma prática pode ser implantada em outros Estados, em outros veículos. Hoje o Valor Econômico, amanhã o Correio Braziliense. Será?

Não bastasse isso - o que é pior e mais patético ainda – é que, segundo diversas pessoas ligadas ao governador e a sua própria assessoria de comunicação, as matérias do Valor Econômico foram encomendadas por dois senadores alagoanos. Desespero do Governador e antecipação da disputa da vaga ao senado em 2014, será?

Não é de hoje que os tucanos de Alagoas tentam “demonizar” todos aqueles que realizam qualquer critica a péssima gestão em andamento. Já na disputa ao Governo, em 2006, de forma maquiavélica e maniqueísta usou o termo usineiro do “bem”, associado à cor azul, contra o usineiro do “mal”, de cor laranja. E ainda segue com tal discurso do bem, demonizando todos que questionam suas práticas a frente do Governo de Alagoas.

Já eleito, em 2007, ao se confrontar com os servidores públicos, no primeiro ano de mandato e negando promessas de campanha, retirou aumentos e negou reajustes, justificando tudo por conta dos governos anteriores e tal “herança maldita”. Novamente demonizando o passado e seus adversários para justificar sua péssima relação com os servidores públicos.

Recentemente, orquestrou uma campanha mentirosa, associando dois políticos tradicionais de Alagoas às negativas relacionadas à implantação do estaleiro EISA. Hoje, todos sabem que a não implantação do EISA até o presente momento é culpa da irresponsabilidade técnica, arrogância política e da falta de planejamento e obediência às regras ambientais.

Infelizmente, os tucanos de Alagoas e também do restante do país, seguem a tradição de não saberem lidar com a imprensa livre. Lamentável!
 

Estou no twitter: @fleming_al

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