Uma mulher suspeita de ter abandonado um bebê de 2 meses em um carrinho de um supermercado na Zona Norte de São Paulo foi presa, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) no início da tarde desta quinta-feira (1º). Até as 13h15, a secretaria não sabia informar quando ocorreu a prisão e se a detida é mãe ou parente da menina abandonada. O bebê foi encontrado na terça-feira (28).
A menina recebeu alta na manhã desta quinta-feira (1º) do Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, também na Zona Norte. Ela saiu com uma roupa que ganhou das equipes do hospital, e foi encaminhada pelo Conselho Tutelar para um abrigo no bairro da Casa Verde.
A autônoma Aline Pupo, que estava fazendo compras no supermercado quando a criança foi encontrada e a amamentou foi visitá-la no hospital. “Estou até nervosa, muito emocionada”, disse ela ao segurar a menina. “Ela esta bem de saúde, o médico só passou os remédios de praxe, só o normal”, contou a conselheira Maria de Lourdes Santana.

Segundo os conselheiros tutelares, uma mulher apareceu no hospital e disse ser parente da criança. “O diretor do hospital a orientou a procurar o conselho. Acho que é uma boa pista”, contou o conselheiro Antônio Oliveira da Silva. Segundo ele, a mulher não chegou a informar que tipo de parentesco teria com a menina.
As câmeras de segurança do estabelecimento registraram o caso. Às 19h15, as câmeras do supermercado mostram uma mulher chegando com o carrinho e o bebê na cadeirinha. Ela usa um boné pra esconder o rosto. Por 25 minutos, circula pelas gôndolas, como se estivesse fazendo compras. Às 19h40, atrás dos pilares, abandona a menina. Por causa da posição da câmera, não é possível ver o exato momento em que ela deixa a criança e vai embora.
O rosto, porém, ficou gravado nas imagens. Em um corredor perto de onde ficam as carnes, um funcionário encontrou um carrinho vazio, sem nenhuma compra, apenas com um bebê abandonado. Ele procurou pela mãe. Como não a encontrou, acionou a segurança do mercado.
A criança tem traços bolivianos. A mulher que abandonou a criança pode responder por abandono de incapaz, com pena que varia entre seis meses e três anos de detenção.