Ai, ai: sempre temos que rever opiniões. Se um cara como o Nicolas Ghesquiere ou uma Miuccia Prada afirmam um detalhe, respeitamos. Estes faróis da moda apontam novos caminhos ou fazem revisões de coisas que julgávamos superadas. E vem Balenciaga de novo com aquele azul-80, o Bic ou Klee, cobalto, royal, como quiserem.

Ao som de uma única música, Love is in the Air, passou o elenco de cabelos soltos, repartidos do lado, ankle boots arredondadas no salto e calcanhar, andando sobre uma trilha de luzes no piso. Outra continuação, esta dele mesmo, é a manga bojuda, presente sempre que os braços estão cobertos em suéteres, vestes e casacos.

Em um set, predomina o corselete tratado de forma simplificada, dispensando mangas, claro. Muitas saias brancas pregueadas, com um visual duro, estranho. Para as adeptas dos acessórios, as bolsas estão menores, a tiracolo, bem mais simples, retangulares em geral, com barras em texturas diferentes. Como em Laroche, nota-se a volta da pasta básica - deve ser imposição das consumidoras que usam o iPad.

O estilo Art Deco, ainda que não óbvio, também permanece, com desenhos em prata. Nem comento, porque não acho muita graça em entalhes deste tipo. Quando são bordados, é arte, fica interessante. A coleção inclui muitos laminados e aspectos de vinil, combinados com outras matérias.

Enfim, dois pontos fundamentais: Balenciaga confirma a volta das calças compridas como elementos de moda - continuam com pala abaixo dos quadris, outra repetição que já foi copiada pelo mundo inteiro - e o preto, que aparece em looks de macaquinhos e microvestidos com trasparências de meias. Claro, há um vermelho e uma faísca de amarelo-esverdeado, para enriquecer os cadernos de tendências.