Casos de desabamentos de prédios como os que ocorreram no Rio de Janeiro, trouxeram à tona a discussão sobre a necessidade de inspeções pontuais na estrutura dos edifícios, para prevenir acidentes. Em Maceió, as más condições estruturais e o abandono do Othon Pajuçara Hotel, que ocasionaram o desabamento de uma parte do teto de gesso da antiga recepção, são um alerta para as autoridades.

O presidente do Clube de Engenharia e ex-presidente do Conselho Regional de Engenharia (Crea), Aloísio Ferreira disse ao Cadaminuto que foi apresentado à Câmara de Maceió um projeto prevendo as vistorias prediais. O presidente da Casa, Galba Novaes confirmou a necessidade de discussão para elaboração de uma lei específica sobre o assunto. 

“O objetivo é que seja criada uma lei obrigando a realização de inspeção predial periódica. As vistorias seriam feitas de 3 a 5 anos, dependendo do prédio, que se tiver sido construído recentemente, poderá demorar mais para passar pela inspeção. Os elevadores poderiam ser inspecionados à cada 2 anos”, explicou Ferreira.

Ele informou que essa legislação existe em cidades como São Paulo, Salvador e Teresina. "O diagnóstico tem que ser feita por um engenheiro, não pintor ou outros profissionais. Os pedreiros só executam as melhorias. Muitos condomínios optam pelo serviço mais barato. Quando uma pessoa fica doente, procura um médico para ser medicada e não um enfermeiro”, destacou. 

O engenheiro lembrou que moradores devem ficar atentos para as condições estruturais de seus apartamentos. Ele lembrou que a maresia é um fator que deve ser observado, já que a estrutura do edifício pode ser corroída e apresentar problemas como pisos soltos e paredes rachadas ou com infiltrações. 

“A prefeitura deve realizar a vistoria nos prédios públicos, mas em edifícios particulares essa inspeção é mais difícil. Podem existir problemas elétricos, que ocasionam incêndios ou hidráulicos, ambos comprometem a estrutura dos prédios”, ressaltou