Em entrevista concedida nessa terça-feira (29) ao videocast “UOL Líderes”, o presidente da Braskem, Roberto Ramos, afirmou que o desastre socioambiental provocado pelo afundamento do solo em Maceió “não vai mais se repetir”.
Responsável por décadas pela extração de sal-gema na capital, atividade diretamente ligada ao colapso geológico, a Braskem anunciou o encerramento definitivo das operações de mineração.
“Nós não vamos mais explorar sal. Fechamos as minas e nunca mais vamos nos envolver nessa atividade, que, na verdade, não tem relação com nosso foco petroquímico”, afirmou o presidente.
Segundo Ramos, a decisão de suspender a extração foi tomada em 2021, após a empresa reconhecer o impacto da atividade na instabilidade do solo em Maceió.
Desde o início da crise, em 2018, mais de 60 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas nos bairros do Mutange, Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
Para mitigar os danos causados pela atividade, a Braskem iniciou o preenchimento das cavernas remanescentes com água ou areia.
De acordo com o presidente da mineradora, a estratégia prioriza o uso de água, desde que seja possível manter a pressão adequada para evitar vazamentos. Nas cavernas onde essa solução não for viável, será utilizado o preenchimento com areia.
Assista à entrevista completa no vídeo abaixo:
*Estagiário sob supervisão da editoria
Foto de Capa: Reprodução
