O caos que se instalou na Bahia, após a greve dos policiais militares, que começou no início deste mês e pode acabar na manhã de hoje (09), tem deixado muitos turistas, que pretendem passar o carnaval em Salvador, receosos diante do aumento no número de homicídios e assaltos. O movimento grevista culminou com a prisão de líderes como o sargento Elias Alves de Santana.
Os militares pediam anistia administrativa, revogação das prisões e pagamento da Gratificação por Atividade Policial 4 e 5, as chamadas GAP.
Tropas do Exército reforçaram a segurança, mas casos de vandalismo durante a paralisação da PM, a exemplo de crianças que foram retiradas de um ônibus escolar, incendiado em seguida, fizeram Salvador “parar” a menos de uma semana do carnaval.
Entre os alagoanos que se programaram para curtir um dos carnavais mais famosos do mundo, a preocupação não é diferente.
É o que afirma o marketeiro Alberto Mafra, que pretende viajar para Salvador no próximo dia 17. Ele ressaltou que espera que até lá, o governo baiano tenha êxito na negociação com a categoria (Hoje pela madrugada os grevistas deixaram a Assembleia Legislativa)
“Vou com uma amiga e devo retornar dia 21. Estou preocupado, mas tenho esperança que haverá uma solução, pois o governo tem interesse em não perder visitantes em uma festa dessas. Meu pai pediu para eu desistir da viagem, mas só farei isso se não tiver jeito, de última hora”, disse.
Mafra, que vai pela primeira passar o carnaval na capital baiana, afirmou que a greve é legítima, mas lembrou que o direito dos outros deve ser respeitado. Ele destacou que mesmo antes da paralisação, havia sido alertado sobre o aumento da violência em Salvador nessa época.
“Já passei o carnaval em outras cidades baianas, mas para Salvador é preciso ir precavido para o que pode acontecer, principalmente na avenida, por onde passam os trios elétricos. Espero que a viagem seja pacífica e que as tropas federais enviadas à Bahia deem um suporte”, destacou