Em reunião realizada neste sábado (04) na Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) entre os representantes das entidades militares ficou decidido que serão traçadas algumas metas para a Assembleia Geral que ocorrerá na próxima quinta-feira (09), às 15h, na Assomal com a finalidade de reivindicar um posicionamento do governador Teotonio Vilela, já que o mesmo até agora não acenou para o cumprimento do acordo firmado em meados de junho de 2011.
Dentre as principais reivindicações das entidades militares estão à correção do quinquênio e pagamento das datas-base em atraso. Além disso, os líderes militares declaram que por falta de projetos em prol da segurança pública de Alagoas, ocorrem devoluções de verbas federais, ocasionando um caos e aumento da violência no Estado.
Segundo o presidente da Assomal, major PM Wellington Fragoso, novas mobilizações irão iniciar, pois é perceptível a falta de comprometimento por parte do Governo. “Esperamos na próxima assembleia contar com um número maior de policiais e bombeiros militares, pois exigimos que o acordo seja cumprido em sua totalidade. Estamos cansados de reuniões sem uma tomada de decisão concreta e queremos a aplicabilidade do que já conversamos, disse Fragoso.
“A tropa nos cobra ação e após tantos desmandos provocados pela incompetência dos dirigentes da segurança pública com os representantes de entidades classistas, temos por obrigação defender os direitos e garantias constitucionais de cada PM e BM. Seremos implacáveis contra o descaso na segurança pública e contra a corrupção de representantes governamentais”, desabafa o coronel Ivon Berto, presidente da Caixa Beneficente da Polícia Militar de Alagoas.
Durante a reunião foi percebida que a insatisfação é geral e, de acordo com o coronel PM R/R José Campos, presidente da Associação dos Oficiais da Reserva (Assorpobom), isto se dá pela falta de compromisso do Governo, quando fez o acordo com toda categoria e não cumpriu até o prezado momento.
O vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados em Alagoas (ACS/AL), cabo BM Rogers Tenório foi enfático com relação à atual situação que os militares alagoanos estão vivenciando. “Este é o momento de dar uma resposta ao Governo, pois à falta de compromisso é enorme, inclusive devemos dar um retorno a própria tropa em se tratando do que foi acordado. “Nenhum passo daremos atrás, e se o governador não acredita que a tropa tenha força, nós mostraremos o contrário”.
Um dos diretores da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas (ABMAL), cabo BM Rodrigo, lembrou a tropa que a briga é de responsabilidade de todos os militares e quem não estiver satisfeito com a remuneração, compareça no dia nove.
Para o presidente da Associação dos Praças em Alagoas (Aspra), cabo PM Wagner Simas, a participação dos militares alagoanos é imprescindível. “Aos críticos que cobram as ações dos líderes ou representações, pedimos que participem dos atos a fim de auto fortalecer suas próprias críticas, pois com elas nos uniremos em um só objetivo e sairemos vencedores dessa luta tão cobrada por todos. Vamos dar um basta na ditadura moderna da cúpula da segurança pública”, finaliza Simas.