Um estudo encomendado pelo Governo do Estado à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária para a área de Solos (Embrapa Solos) pretende oferecer informações para que se saiba quais são as regiões de Alagoas, de acordo com as características de solo e clima, mais propícias para o cultivo de oito produtos.

O Zoneamento Agroecológico de Alagoas (Zaal) considera as variações de clima, solo, vegetação, ambientes e terras para irrigação, além de outros itens, e pretende dá um suporte para o planejamento agrícola de oito culturas. São elas: algodão herbáceo, mandioca, feijão phaseolus, feijão vigna, mamona, milho, cana-de-açúcar e sorgo.

De acordo com técnicos da Embrapa Solos, entre abril e maio, haverá o treinamento de técnicos extensionistas da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) sobre o ZAAL, que em seguida farão orientações aos agricultores.

“Com a publicação do documento, Alagoas será o segundo Estado do país a dispor de um Zoneamento Agroecológico de todo o seu território. O primeiro foi Pernambuco”, declarou Alexandre Hugo Barros, engenheiro agrônomo da Embrapa Solos e um dos responsáveis pelo trabalho.

Durante esta semana, os técnicos da Embrapa Solos participam de reuniões com técnicos e gestores da Seagri, em Maceió, para fazer a validação e alguns ajustes do documento. “O zoneamento será muito importante para o desenvolvimento agrícola do Estado baseado num planejamento. Essas informações serão úteis para outras secretarias, como a Seplande”, afirmou o secretário de Agricultura, Jorge Dantas.

O conteúdo do Zaal vai servir não só aos agricultores e técnicos do Governo, mas também aos bancos, que concedem financiamento aos produtores. Quando a cultura é zoneada, geralmente os bancos só concedem o empréstimo se aquele município estiver dentro da área considerada propícia para o plantio daquele cultivo. “Mas essa não é uma regra e não quer dizer que haverá grandes mudanças em Alagoas para concessão de crédito agrícola. Isso pode ou não acontecer”, salientou o engenheiro agrônomo da Seagri, Fernando Gomes.

“De modo geral, o zoneamento diz onde e quando plantar uma das oito culturas pesquisadas, ou seja, em quais locais e em que épocas do ano. Para os técnicos do setor, o trabalho apresenta uma escala melhor, mais ampla”, definiu o engenheiro da Embrapa Solos, Alexandre Hugo Barros.

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