Relatório traz bairros com mais crianças pedindo esmolas

31/01/2012 02:36 - Maceió
Por Redação
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A quantidade de crianças pedindo esmolas nos semáforos de Maceió ainda é grande. Mas, segundo o secretário de assistência social do município, Francisco Araújo, essa realidade vem sendo mudada por meio de programas como o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e por meio das ações do Conselho Tutelar.

De acordo com o secretário, houve uma redução de 60% no número de crianças nos sinais. Ele destacou que muitas geralmente estão nas ruas fora do período escolar, acompanhando pais ou outros parentes e são induzidas a pedir esmolas. “Uma criança de 6 anos não vem sozinha do Benedito Bentes para pedir dinheiro na Ponta Verde”, afirmou.

Araújo disse que a educação é a principal ferramenta para mudar esse quadro na capital alagoana. Ele explicou que os profissionais da secretaria atuam abordando essas crianças, localizando os pais, que caso recebam algum tipo de benefício financeiro do governo, podem vir a perdê-lo.

“Maceió foi a primeira cidade do Brasil a criar um plano municipal de erradicação do trabalho infantil. Por meio do 08002848048 é possível fazer denúncias de exploração do trabalho infantil. Realizamos campanhas educativas na praia e nos semáforos. É preciso acabar com essa cultura de que é normal deixar criança na rua”, destacou.

Francisco Araújo informou que de acordo com o levantamento feito pela Secretaria de Assistência Social, os bairros onde mais existem crianças pedindo são: Poço (33%), Centro (20%) e Ponta Verde, Pajuçara e Jatiúca (15%).

“Foi realizado um mapeamento com a população de rua. As crianças que têm casa e que passam o dia nas ruas estão nesses dados, pois há uma diferença entre aquela pessoa que mora na rua e a que fica na rua para conseguir dinheiro. Na região do Jaraguá, Levada ainda há muitas crianças pedindo”, destacou.

Esmolas

O secretário afirmou que existem dados da Unesco e da ONU que comprovam que quanto mais as pessoas dão esmolas, mais aumenta a quantidade de pedintes. “Os adultos colocam as crianças para pedir dinheiro e por solidariedade, as pessoas dão e isso aumenta o vínculo com as ruas. O ideal é doar para instituições de caridade”, ressaltou   

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