De acordo com os cálculos do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), neste ano – que já se iniciou – o Executivo, mais uma vez por meio de espaços para financiamentos (diante do já tão propalado, pelo próprio governador, cobertor curto do Estado) pretende investir US$ 400 milhões nas áreas de Saúde, Educação, Infraestrutura e Segurança Pública.

O governo do Estado ainda deixa a desejar nestas áreas citadas. Mas, a segurança pública tem despertado as críticas mais fortes ao governador de Alagoas, em função dos números da violência urbana, em especial os homicídios. De acordo com Vilela, os investimentos que chegarão são frutos da recuperação da credibilidade junto às instituições mundiais e o Governo Federal. Ele atribui isto ao ajuste fiscal de seu primeiro mandato.

A coletiva dada por Vilela mostra – no mínimo – ações que chegam com de atraso, mas que serão benéficas e que todos esperam que saia do papel, como o projeto de sanear 60% de Maceió até o ano de 2014. Um caminho lento. Porém, justifica o governador: “o caminho certo, ainda que árduo”. O chefe do Executivo diz ainda não haver outras soluções que não as adotadas pela sua equipe, em especial no quesito segurança pública.

Ainda neste mês, o governador de Alagoas pretende se reunir com a presidenta Dilma Rousseff (PT), com quem – apesar dos partidos opostos – mantém uma relação extremamente republicana. A pauta é extensa, mas o principal assunto é o combate à criminalidade. Vilela deve – evidentemente – agradecer os R$ 500 milhões para a segunda e terceira etapa do Canal do Sertão (a obra que atravessa décadas).

Mas, pretende ainda solicitar a presidenta investimentos para duplicação da estrada Maceió-Recife pelo litoral, apresentar alguns projetos, mas focar no pedido de socorro para combater o crime em Alagoas. “Estamos adotando estratégias que foram adotadas em São Paulo e Minas Gerais. Lá houve sucesso. Estamos reduzindo a criminalidade de forma lenta, mas da forma correta”, colocou. Se correto ou não, vidas não esperam e evidentemente cobram mais celeridade.

O governador faz o diagnóstico de que 90% dos casos de homicídio estão relacionados ao tráfico de drogas. Coloca este como o principal causador da violência, relembrando que o crime organizado em Alagoas foi reduzido bastante e em alguns casos erradicados, como os sequestros, na avaliação do chefe do Executivo. “Precisamos ampliar a parceria com o Governo Federal e buscar experiências exitosas”, frisou.
 

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