A cantora Preta Gil acompanhava a família e os amigos do dançarino Gualter Damasceno Rocha, o rei dos passinhos, também chamado de Gambá, no enterro do jovem, às 16h desta quinta-feira (12). Ela usava a mesma camiseta que um grupo de dançarinos e colegas do jovem morto com a frase "Gambá eterno, rei dos passinhos". A mãe do rapaz, a cozinheira Edite Damasceno, diz esperar que a polícia descubra logo quem matou seu filho.

- Está sendo o pior dia da minha vida.

Edite e outros parentes também acompanharam a exumação do corpo do jovem, que estava enterrado como indigente no cemitério de Santa Cruz, zona oeste do Rio. Uma tia chegou a passar mal.

- Foi horrível vê-lo todo inchado, o corpo se desmanchando.

A família pediu à Justiça que o corpo fosse exumado porque o rapaz foi enterrado como indigente, na última sexta-feira (6). Na terça-feira (10), a família conseguiu a autorização da Justiça do Rio para que o corpo fosse exumado.

A Santa Casa de Misericórdia informou que pagou todas as despesas do enterro - caixão, sepultura e remoção. Na quarta-feira (11), Preta Gil disse em sua página do Twitter que Gambá teria um enterro digno. Ela chegou a falar com a família sobre as despesas do sepultamento.

Gambá ficou famoso após vencer uma disputa de passos de dança entre funkeiros de favelas do Rio. O funkeiro desapareceu na noite de Réveillon. A DH (Divisão de Homicídios) investiga as causas da morte do jovem de 22 anos.

No Facebook, amigos do funkeiro organizam um encontro para homenageá-lo na praia do Arpoador no próximo domingo (15).

O Disque-Denúncia publicou um cartaz em busca de informações sobre o possível assassino de Gambá. Até às 17h30 desta quarta, o órgão recebeu cinco ligações sobre o caso.