O juiz da 7ª Vara Federal (Arapiraca), Gustavo de Mendonça Gomes, decretou o afastamento do prefeito Marcos Santos, de Traipu, por tempo indeterminado.

A princípio, assume o cargo a vice-prefeita Julliany Machado, que foi presa em março deste ano, na Operação Mascotch, da Polícia Federal. Em tempo: não se sabe se ela teve prisão preventiva na ação de hoje da PF. É difícil, entretanto, que ela permaneça no cargo, segundo que avaliam, neste momento, autoridades envolvidas na investigação.

A Polícia Federal já considera como foragido o prefeito de Traipu, Marcos Santos, que teve mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal. O município foi alvo na manhã desta terça-feira (20) de uma ação policial com um intuito de prender uma quadrilha especializada em esquema de corrupção na administração pública e que vinha sendo investigada pelo Ministério Público Estadual.

Já a esposa do prefeito, Juliana Kummer, que chegou a ser presa em março deste ano durante a Operação Mascotch, teve sua prisão decretada pela Justiça e tambpem segue foragida.

De acordo com informações apurados pelo CadaMinuto, os agentes federais estiveram na residência de Marcos Santos, mas ele não foi encontrado. Mas a prisão do gestor deve acontecer ainda hoje, já que a expectativa da polícia é de que ele se entregue na sede da PF, em Maceió.

Em 2007, Marcos Santos também teve o nome estampado nas páginas policiais após ser deflagrada a Operação Carranca, que prendeu uma quadrilha especializada em fraudar licitações de obras públicas em Alagoas. Na época, 16 pessoas foram presas e 51 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Segundo as investigações, as fraudes chegavam a R$ 20 milhões e envolviam recursos dos Ministérios da Saúde, do Turismo, da Integração Nacional, das Cidades, da Educação e do Desenvolvimento Agrário. A ação foi resultado de trabalhos de investigação da força-tarefa composta pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União.

Marcos Santos e os outros acusados presos foram indiciados pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.