O líder da maioria no Senado americano, o democrata Harry Reid, anunciou nesta quinta-feira que vai cancelar a semana de recesso das atividades dos senadores enquanto não for votado o aumento do limite da dívida dos Estados Unidos.
O recesso seria feito na semana de 4 de julho, feriado em que os EUA comemoram o Dia da Independência.
Na quarta-feira, o presidente Barack Obama advertiu que o Congresso americano precisa chegar a um acordo sobre o teto da dívida antes de 2 de agosto, data em que o governo não terá mais caixa para pagar a dívida a vencer. Após essa data, o país pode ser forçado a declarar moratória.
O teto da dívida americana, de US$ 14,3 trilhões, foi atingido em maio. Mas como a arrecadação do país aumentou mais que o previsto, o governo declarou que teria uma folga até 2 de agosto para que o novo limite legal seja aprovado no Congresso.
Obama advertiu na quarta que as consequências da moratória americana serão "significativas".
O presidente propôs também aumentar os impostos dos ricos e das companhias petrolíferas como parte do plano de corte do deficit público americano.
CALOTE
A agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) declarou à agência Reuters que irá rebaixar a nota de risco dos EUA para "selective default", ou seja, moratória, se o país deixar de pagar sua dívida, mesmo que por um período curto.
O Tesouro americano terá que pagar US$ 30 bilhões de dívidas que vencem em 4 de agosto.
A dívida dos EUA tem a melhor nota de crédito possível, no maior nível de grau de investimento "AAA".
Os títulos americanos são o principal investimento de países que só podem investir em papéis com a mais alta classificação. A China é um dos principais credores da dívida americana.