A Prefeitura de Maceió será parceira do Serviço Social da Indústria (Sesi) no Projeto Viravida, voltado para a qualificação profissional de jovens entre 16 e 21 anos em situação de vulnerabilidade social e exploração sexual. Nesta quarta-feira, o prefeito Cícero Almeida recebeu o presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), José Carlos Lira, e o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli, para discutir a participação do município na iniciativa, por meio das secretarias de Assistência Social (Semas) e do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes).

“Abraçaremos esse projeto e todos que vierem para beneficiar nossos jovens, sobretudo os que estão expostos às drogas, exploração sexual e outros problemas”, afirmou Almeida, que destacou o bom relacionamento da Prefeitura com a Federação das Indústrias, comandada por José Carlos Lira. Como primeiro passo para consolidação da parceria, os secretários Francisco Araújo (Semas) e Arnóbio Cavalcanti (Semtabes) participaram de uma reunião na Fiea para conhecer o projeto.

O Viravida não exigirá contrapartida financeira do município, pois é executado com recursos do chamado Sistema S – formado por entidades como Senac, Sesc, Senai, Sesi e Sest. Caberá ao município identificar os jovens que poderão ser beneficiados com a ação. Será feita um estudo do mercado de trabalho em Maceió para definir os cursos a serem oferecidos.

O projeto, já implantado em outras capitais, beneficia jovens de famílias numerosas e de baixa renda, que residem nas periferias dos grandes centros e têm sua história marcada por experiências relacionadas a trabalho doméstico, abuso sexual, gravidez precoce e dependência química.

A proposta socioeducativa é coordenada pelos departamentos regionais do Sesi, que contrata equipe multidisciplinar integrada por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Os cursos combinam formação profissional e educação básica, com abordagem de temas como cidadania, saúde, doenças sexualmente transmissíveis, cuidados com o corpo, orçamento familiar e direitos.

Durante o processo de formação e qualificação, que dura entre nove e 12 meses, os beneficiários recebem uma bolsa no valor de R$ 500, dos quais 20% ficam retidos em uma poupança a ser resgatada no final do processo. Um dos processos mais destacados do Viravida é o desafio de assegurar a inserção dos alunos concluintes no mercado de trabalho. Criado há dois anos, o projeto já atendeu mais de mil jovens em vários Estados, com taxa média de evasão de 8%. Do total de formandos, 80% já estão inseridos no mercado de trabalho.